Inovação Social #07 – Coluna de Leonardo Mesquita

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Inovação Social #07 - Coluna de Leonardo Mesquita

A pessoa com deficiência em situações emergenciais e de catástrofes naturais

O mês de maio de 2024 ficará marcado como o mês onde a população do Rio Grande do Sul vivenciou uma situação de extrema emergência socioambiental, por conta das chuvas e enchentes no estado inteiro. Centenas de milhares de pessoas ficaram desabrigadas e estão em grande vulnerabilidade. E qual é o contexto de pessoas com deficiência em situações como essas?

Em situações emergenciais como catástrofes naturais, conflitos ou pandemias, as pessoas com deficiência frequentemente enfrentam desafios adicionais e desproporcionais. Por exemplo, há as dificuldades em evacuação devido a barreiras arquitetônicas, acesso limitado a informações essenciais em formatos acessíveis, necessidade de dispositivos médicos e assistivos que podem ser difíceis de transportar ou recarregar, além de um maior risco de isolamento e dificuldades em receber ajuda de redes de apoio. Uma notícia no Portal UOL, publicada em 09/05/2024 por Rafaela Polo, traz alguns relatos de pessoas com deficiência e familiares que vivenciaram esta situação.

O jornalista Luiz Ventura, em sua coluna ao Portal Terra, publicada em 28/05/2024, traz atualizações sobre o número de pessoas com deficiência, onde foram mapeadas duas mil pessoas com deficiência que estão vivendo em 781 abrigos em 91 municípios do estado. O jornalista compartilha também as principais demandas da população e as ações que estão sendo realizadas, principalmente por meio de articulações de organizações da sociedade civil.

É fundamental que atuemos sempre na direção de potencializar medidas de prevenção a essas situações, garantindo uma previsibilidade que as tecnologias atuais nos permitem. Esses planos devem considerar aspectos como o mapeamento de vulnerabilidades, como a identificação das pessoas com deficiência nas comunidades e suas necessidades específicas, desenvolvimento de planos de evacuação e resposta que considerem as necessidades de acessibilidade, além de programas de treinamento para equipes de resposta e simulações de evacuação envolvendo pessoas com deficiência.

Porém, em situações onde a prevenção não foi possível, é fundamental que as ações emergenciais se utilizem de múltiplos formatos (visual, auditivo, tátil) para disseminação de informações, criação de abrigos acessíveis e planos de evacuação que levem em conta diferentes tipos de deficiência e a garantia de acesso contínuo a cuidados médicos e dispositivos assistivos durante e após a emergência.

Algumas referências estão disponíveis para aprofundar o debate nesse tema. Por exemplo, a Organização Mundial de Saúde elaborou um guia para Estrutura de Gestão de Risco de Desastres e Emergências de Saúde. Uma versão traduzida e disponibilizada pela Universidade Federal de Juiz de Fora está disponível neste endereço: https://iris.who.int/bitstream/handle/10665/326106/9789241516181-por.pdf

 

Outra referência, agora no âmbito da educação, buscou avaliar a atuação da Aliança Global para a Redução de Riscos de Desastres e Resiliência no Setor Educacional (GADRRRES, sigla em inglês). O estudo está disponível no seguinte endereço, apenas em inglês: https://reliefweb.int/report/world/global-school-safety-collective-impact-evaluation-global-alliance-disaster-risk

O estudo anterior avalia a atuação da GADRRRES em uma perspectiva de Impacto Coletivo, observando aspectos de agenda comum, comunicação contínua e ações coordenadas a partir da agenda estabelecida.

 

Em contextos emergenciais, as estruturas como os conselhos de direitos exercem um importante papel de monitoramento e articulações. Uma notícia publicada em 10/05/24 traz alguns esforços da Secretaria Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência (SNDPD) e do Conselho Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência (Conade) frente às diversas demandas específicas da população com deficiência no estado do Rio Grande do Sul. O texto publicado está disponível no endereço a seguir: https://www.gov.br/mdh/pt-br/assuntos/noticias/2024/maio/direitos-humanos-mobiliza-forca-tarefa-pelos-direitos-das-pessoas-com-deficiencia-atingidas-pelas-enchentes-do-rs

 

Como conclusão, compreendemos que a inclusão de pessoas com deficiência em planos de preparação e resposta a emergências não é apenas uma questão de direitos humanos, mas também de eficiência e eficácia na gestão de crises. Garantir a acessibilidade e a equidade na resposta a desastres pode salvar vidas e reduzir o impacto dessas situações sobre as populações em maior vulnerabilidade.

Sobre o autor:

Leonardo Mesquita é especialista em Gestão de Projetos Sociais e certificado em Lideranças de Inovações Sociais. É graduado em Engenharia de Computação e há 7 anos atua na ASID Brasil, liderando articulações de comunidades e processos de inovação social dentro da causa da pessoa com deficiência. Já esteve envolvido na coordenação de programas de voluntariado. Léo escreve sobre inovação social, ODS e como conectamos essas pautas com a causa da pessoa com deficiência.

 

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A ASID Brasil é uma ONG que promove a inclusão socioeconômica da população com deficiência.Somos agentes empreendedores que alcançam a excelência realizando mudanças sociais movido a metodologias, estudos e inteligência plural.

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Grandes histórias esperam por você!

Grandes histórias esperam por você: Relatório de Impacto ASID Brasil 2023

Ler o Relatório de Impacto ASID Brasil 2023 é como navegar pelas soluções ASID a partir da perspectiva das pessoas beneficiadas. O grande diferencial da nossa escrita é enfatizar o protagonismo das pessoas com deficiência em cada projeto. Mudanças sistêmicas são provocadas quando criamos soluções com o ecossistema de impacto social para quebrar barreiras excludentes. 

A ASID Brasil é uma aliada da inclusão social. Nossas equipes assumem uma postura empreendedora para expressar o posicionamento de aliada da pessoa com deficiência. Somos uma inteligência coletiva especialista em soluções em cada projeto e aplicamos metodologias específicas para ativar uma profunda transformação social.

Esse consistente desenvolvimento como empreendimento social só é possível porque nós nos amparamos na perspectiva das pessoas com deficiência. As histórias de protagonismo apontam para novas formas de interpretar o compromisso corporativo em se conectar com a agenda ESG. Afinal de contas, colocar as pessoas no centro das soluções é uma forma incorporar o “S” (social) em sua atuação.

Esse não é só um relatório de impacto. 

É uma prova que juntos podemos promover a inclusão.

A ASID Brasil deseja que as palavras e histórias ativem sua esperança na inclusão e num mundo mais inclusivo. 

Faça o download e se encante com nossas histórias.

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Diversidade e Literatura #07 – Coluna de Edilayne Ribeiro

Diversidade e Literatura #07 - Coluna de Edilayne Ribeiro

O que a interseccionalidade tem a ver com as pessoas com deficiência?

Dias atrás eu estava organizando o roteiro de uma palestra que eu ministraria sobre interseccionalidade e pessoas com deficiência. Além do conteúdo-base – conceito de intersecção, conceito de marcador social, conceito de deficiência, etc –, eu investi em apresentar os impactos que a análise interseccional ou a falta dela podem gerar para uma pessoa com deficiência, e é isso que transformarei em texto para contar aqui!

A interseccionalidade é, por definição, a conceituação de um problema social a partir da interação entre dois ou mais eixos, ou seja, o entendimento de uma estrutura social não de forma isolada, mas em coexistência com outras estruturas.

Esse não é um conceito novo, apesar de ser pouco falado. Debates sobre interseccionalidade surgiram a partir de movimentos feministas negros dos Estados Unidos e do Reino Unido, entre 1970 e 1980, e o termo foi sistematizado pela teórica e professora Kimberlé Crenshaw em 1989.

Assim sendo, entende-se a interseccionalidade como uma metodologia de análise, uma forma de conceber as características humanas e, com isso, os sistemas de opressão e discriminação que sofremos nos mais variados contextos.

Quando eu falo sobre “características humanas”, eu também posso usar o termo “marcadores sociais”, que nada mais é do que os atributos de uma pessoa que a demarcam como pertencente a um grupo específico na sociedade. A partir desses marcadores, nos conectamos com outros grupos sociais e, também, entendemos mais facilmente de onde vêm determinadas discriminações, diferentes tratativas, desigualdade, etc. Alguns exemplos de marcadores sociais são: gênero, sexualidade, raça, deficiência…

E o que a inclusão tem a ver com tudo isso? Quase tudo!

Quando falamos sobre pessoa com deficiência, não falamos apenas dela isolada, mas sim de uma pessoa que também pode ter outro marcador que a represente em outro grupo – exemplo: um homem negro autista; uma mulher com deficiência física lésbica; uma mulher gorda periférica com deficiência auditiva; dentre outros –, e que por conta disso é uma pessoa que além de sofrer capacitismo, também pode sofrer outros tipos de preconceito.

Portanto, vamos a algumas intersecções entre deficiência e outros grupos, e os impactos de não considerarmos essa intersecção:

 

Deficiência e gênero
Refere-se a como as experiências de viver com uma deficiência são moldadas pelas expectativas e normas de gênero. Isso inclui como homens e mulheres com deficiência enfrentam desafios específicos e recebem diferentes tipos de apoio e oportunidades.

 

Impactos ao não considerar a interseccionalidade

– Invalidação e fetichização do corpo; mulheres com deficiência são tratadas com assexuais e sem possibilidade de desenvolver uma relação romântica/sexual com alguém.

– Maior risco de violência física, sexual e emocional.

– Dificuldade no acesso à saúde e direitos relacionados, por falta de acesso a espaços de saúde sexual e reprodutiva, ambientes com pouca acessibilidade e profissionais não preparados para o atendimento.

 

Deficiência e sexualidade
Refere-se a como questões de orientação sexual são moldadas a partir da vivência de uma pessoa com deficiência, tanto em espaços sociais quanto relacionadas à própria concepção de sexualidade.

 

Impactos ao não considerar a interseccionalidade

– Invalidação das relações sociais, românticas e sexuais, partindo do pressuposto de que, se a pessoa com deficiência tem sexualidade, é apenas heteronormativa.

– Isolamento social e dificuldade para encontrar apoio adequado devido à falta de inclusão em espaços LGBT+ e de deficiência.

– Barreiras adicionais ao acesso a cuidados de saúde.

 

Deficiência e raça
Refere-se a compreender como as identidades raciais e étnicas interagem com a experiência de viver com uma deficiência.

 

Impactos ao não considerar a interseccionalidade

– Aumento da vulnerabilidade, falta de representatividade e dificuldade de inclusão social e econômica, potencializada pelo impacto que o racismo tem na sociedade.

– Maior barreira ao acesso a cuidados de saúde adequados, resultando em disparidades na saúde e menor expectativa de vida.

– Desproporcionalmente afetadas pela violência policial e sistema de justiça criminal, frequentemente sem acomodações adequadas para suas deficiências.

 

Deficiência e classe socioeconômica
Refere-se à forma como a condição socioeconômica de uma pessoa com deficiência pode influenciar seu acesso a recursos, oportunidades e serviços, bem como como a deficiência pode impactar a mobilidade social e econômica.

 

Impactos ao não considerar a interseccionalidade

– Dificuldade de mobilidade urbana, considerando que o transporte para pessoas com deficiência é escasso e/ou mais caro.

– Menor acesso a tecnologias assistivas e serviços de apoio devido ao custo elevado e falta de cobertura por seguros.

– Maior probabilidade de desemprego, resultando em instabilidade econômica e exclusão social.

 

Deficiência e saúde mental
Refere-se à maneira como as condições físicas e mentais interagem, influenciando o bem-estar geral, o acesso a cuidados e o apoio necessário para a saúde integral, conectando-se com sofrimentos psíquicos gerais e transtornos mentais.

 

Impactos ao não considerar a interseccionalidade

– Invalidação de sofrimentos psíquicos gerais (ex.: inseguranças, medos, isolamento social, vergonha…) que possam ter a ver com a deficiência e o social.

– Estigma duplo em relação à deficiência e saúde mental, levando à resistência em buscar tratamento e suporte adequado.

– Barreiras no acesso a serviços de saúde mental, resultando em cuidados inadequados e maior risco de agravamento das condições.

 

A partir de agora, portanto, ao perceber qualquer grupo social, eu te convido a pensar: quais marcadores compõem essas pessoas? Quais os desafios que elas enfrentam por conta disso? De que forma uma característica isolada se potencializa quando combinada com outra, fazendo com que além de capacitismo, essa pessoa enfrente sexismo, racismo, gordofobia, e outros…?

 

Nossas questões não vêm em formato isolado. O social tem um peso enorme na forma como nos relacionamos, como temos ou não acesso a direitos e oportunidades, ou simplesmente na forma de vivermos a vida. Pensar nos desafios de uma relação social é, automaticamente, pensar nos desafios de alguma outra – mesmo que nossa luta seja centralizada.

Edilayne Ribeiro 
ASID Brasil – 2023

Sobre a autora:

Edilayne Ribeiro é psicóloga, especialista em Neuropsicologia e mestra em Educação, membra da Comissão de Educação Inclusiva da Universidade Tuiuti do Paraná e palestrante nos temas pessoa com deficiência e sexualidade. Atualmente é Líder na ASID em Projetos de inclusão da pessoa com deficiência no mercado de trabalho.

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A ciência da inclusão #07 – Coluna de Felipe Gruetzmacher

A ciência da inclusão #07 - Coluna de Felipe Gruetzmacher

O que o dia do trabalhador significa para a inclusão e a ASID Brasil?

Vamos viajar para o passado? O artigo de Maio vai entregar rápidos insights do texto “Trabalho: a categoria-chave da sociologia” publicado em 1986 por Claus Offe.

Esse resumo do texto escrito em 1986 servirá como inspiração para criar perguntas e entrevistar a Asider Isabela Jardim Bonet. Assim, será possível comparar as teorias do passado com as opiniões e a experiência do presente momento. 

Os objetivos são:

  • conhecer as percepções dos Asiders sobre o tema “trabalho”;
  • validar ou não se o conhecimento sociológico de outras épocas cabe no nosso contexto histórico;
  • conectar o tema “dia do trabalhador” com “inclusão de pessoas com deficiência”;
  • reforçar o posicionamento e o compromisso da ASID Brasil com impacto social.

Segue algumas ideias do texto “Trabalho: a categoria-chave da sociologia”

 

  • O texto questiona se o trabalho perdeu sua posição de destaque na vida das pessoas;
  • Uma parcela de tempo da vida de uma pessoa dedicada à vida fora do trabalho reforçaria que o trabalho é somente uma preocupação como outra qualquer, sem o destaque central como antes.
  • Bens de consumo, a renda e a compra conseguem trazer felicidade e significado para a vida de uma pessoa até certo ponto. Autonomia, auto-estima, harmonia familiar, lazer livre de tensões e amizades parecem contribuir bem mais para a satisfação existencial. Esse fato parece desencorajar o trabalho voltado exclusivamente para o acúmulo e consumo.

Análise ASID sobre essas ideias sociológicas do passado

    • O trabalho no terceiro setor é uma atuação voltada para o impacto social. Pode esse tipo de trabalho gerar mais felicidade?

    Eu acredito que é possível ter felicidade no trabalho independente da área de atuação e cada indivíduo e empresas tem seu conjunto de fatores chave que vão levar a sensação de satisfação e felicidade no trabalho.

    Mas não posso deixar de afirmar que também acredito que a atuação na área de impacto social tem seus diferenciais, sim.

    Pra mim, trabalhar com impacto social gera uma motivação e satisfação de longo prazo com o trabalho, pois o que se faz e porque se faz é muito fácil de compreender, de fazer sentido e desperta uma rápida conexão com “querer fazer aquela função”.

    Os resultados do trabalho (as famosas metas, conquistas) também são diferentes de várias outras profissões. No fim das contas, não são compostos apenas por números, mas por mudanças positivas na vida das pessoas. E isso, sim, deve trazer uma felicidade diferente dos outros ofícios.



    • Como equilibrar a realização profissional gerada pelo trabalho com propósito com a felicidade fora do trabalho? 

    O conceito da “roda da vida” pode nos ajudar nessa pergunta. 

    Nossa vida tem muitas “frentes” – nosso lazer, nosso autocuidado, nossos relacionamentos, o trabalho, nossa família e etc.

    É um grande desafio equilibrar tudo isso, não é mesmo? Mas não cair em extremos, na minha opinião, é a resposta.

    Pensando como indivíduo, eu acredito que é saudável buscar a maturidade em relação ao trabalho e a sensação de estar preparado para a função – isso pode ajudar que a jornada profissional seja saudável. É importante também que o trabalho não seja o único foco da sua vida. A felicidade fora do trabalho pode se dar com autoconhecimento e realização do que gosta de fazer – um esporte, um hobby, rotina com amigos, proximidade com a natureza. Enfim, o que combinar com você e isso precisa ser um compromisso inadiável. 






    • O foco extremo no trabalho pode ser um obstáculo para a felicidade de uma pessoa. 

    Como os projetos ASID Brasil de inclusão socioeconômica podem apoiar pessoas com deficiência a conquistar o equilíbrio entre trabalho e vida pessoal?


    Os projetos da ASID que apoiam empreendedores com deficiência na sua jornada de trabalho tem incluído em seu escopo o suporte de psicólogos e atividades de autoconhecimento justamente para contribuir com a inclusão saudável no ecossistema empreendedor.

    Os projetos que fomentam a inclusão em empresas também têm estratégias interessantes como o fomento de conversas entre pessoas com deficiência que estão no mercado de trabalho com os participantes que buscam um emprego, a fim de compartilhar aprendizados, conselhos e exemplos positivos de carreira profissional.

    Referências:

     

    OFFE, Claus. Trabalho: a categoria-chave da sociologia? RBCS: Revista Brasileira de Ciências Sociais, São Paulo, USP, v. 4, n. 10, p. 6-20, 1989.

Agradeço especialmente a CEO da ASID Brasil Isabela Jardim Bonet por conceder a entrevista.

Felipe Emilio Gruetzmacher 
ASID Brasil – 2024

Sobre o autor:

Felipe Gruetzmacher é um escritor que acredita muito no potencial de combinar ciência, esforços empresariais e projetos sociais. Tem interesse em estudar como essas três partes podem colaborar entre si.
Se você é algum empresário, organização do terceiro setor ou cientista e quer cocriar conosco, deixe seu comentário!

 

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Lançamento do obra “Laura, uma Maternidade Especial”​

Lançamento do obra “Laura, uma Maternidade Especial”

A autora Suely Schmidt, mãe de Laura, construiu uma obra literária que emociona, foge dos estereótipos e reflete acerca da inclusão e das várias formas de ser mãe.

Essa história desse amor inabalável é profundamente conectada com a ASID Brasil.  As barreiras enfrentadas por Laura e sua família dela  os principais fatores que impulsionaram a fundação da ASID Brasil. Laura é irmã de Alexandre Amorim, um dos fundadores da ASID.

Na obra, Suely relata sobre a experiência de ser mãe de Laura, que nasceu com Síndrome de Down e Autismo. Ela cita pontos importantes como amor incondicional, coragem, apoio mútuo e muita dedicação.

Essa literatura se propõe a dialogar sobre amor materno e, sobretudo, inclusão.
O conhecimento trazido pelo livro amplia o debate sobre sociedade inclusiva.

“Comecei a escrever justamente porque senti na pele o que é a sociedade desconhecer os desafios enfrentados por uma mãe com um filho com uma deficiência (...) 
E, justamente por desconhecer, as pessoas tem ideias erradas e preconceitos”
Suely Schmidt
Mãe da Laura e autora do livro
Evento de Lançamento:

Lançamento do livro Laura, uma maternidade especial, de Suely Schmidt

Quando: sábado, 18 de maio de 2023
Onde: Editora InVerso – R. Dr. Goulin, 1523
Bairro: Alto da Glória, Curitiba – PR
Horário: das 10h às 13h
Card com foto da capa do livro ""Laura, uma Maternidade Especial".
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Alianças que transformam

Alianças que transformam

Texto por: ASID Brasil (Felipe Gruetzmacher, Gabriela Bonet e Isabela Bonet) publicado pela AGO Social:

Quebrar as barreiras que excluem a pessoa com deficiência da sociedade – essa é a missão da ASID Brasil, uma organização sem fins lucrativos que cria e implementa soluções sociais de inclusão social e econômica da pessoa com deficiência.

Mas você já imaginou a quem essa missão envolve e impacta, além da própria pessoa com deficiência?

No Brasil, 1 a cada 11 pessoas é uma pessoa com deficiência. O rendimento médio dessa população é R$ 1.860,00, já para a população sem deficiência, a renda média é de R$ 2.652,00. A taxa de informalidade de pessoas com deficiência é de 55% e esta mesma taxa é de 38% em pessoas sem deficiência.


Apesar dessa expressiva fatia populacional que corresponde a 18.6 milhões de pessoas (com 2 anos ou mais) não são só as pessoas com deficiência que lidam com a invisibilidade. Nos domicílios onde há crianças com deficiência, há uma queda relevante de mulheres na força de trabalho (dados: PNAD 2022).

Redes de apoio, familiares, cuidadores e, principalmente, as mães de pessoas com deficiência são impactadas diante dessa realidade. Além da desigualdade econômica, essa população e sua rede ainda luta contra o capacitismo que as limitam, inviabilizam e excluem. 

Como organização social, a ASID entende que quebrar o ciclo da exclusão exige soluções complexas, estruturadas e acessíveis. Isso inclui manter-se atualizado em tempo real sobre a causa e ainda, garantir aliados para a mudança social. Confira o artigo completo:

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S.O.S Rio Grande do Sul

S.O.S Rio Grande do Sul
S.O.S Rio Grande do Sul

Esse é um momento de união

ONGs que precisam de ajuda no Rio Grande do Sul

Organizações sociais gaúchas que fazem parte da nossa Comunidade Conexões estão em uma força tarefa para apoiar seus atendidos e seu trabalho em meio à situação emergencial que o estado se encontra.

As necessidades são enormes e variam entre garantir apoio especializado às pessoas com deficiência nos abrigos e fornecer mantimentos básicos.

Nós da ASID mapeamos algumas organizações focadas no público com deficiência e que precisam de ajuda.

Nessa publicação separamos estão os dados diretos de doações financeiras para as ONGs.
Para outras oportunidades de apoio conte com a ASID para articulações. 

Associação Pais e Amor
Região: Cachoeirinha – RS
Pix (CNPJ): 262620610001-10

Associação de Pais e Amigos do Autista
Região: Nova Hamburgo – RS
Pix (CNPJ): 27.793.077/0001-12

APABB – RS
Região: Porto Alegre – RS
Pix (CNPJ): 58.106.519/0014-53

As organizações fazem parte da Comunidade Conexões da ASID.
Para mais informações, converse conosco Whatsapp:  (41) 99231-5781

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A ciência da inclusão #06 – Coluna de Felipe Gruetzmacher

A ciência da inclusão #06 - Coluna de Felipe Gruetzmacher

O que a pesquisa científica diz sobre inclusão de pessoas autistas?

O Colunista ASID Felipe Gruetzmacher entrevistou a advogada, professora e pesquisadora Débora Cunha Romanov para conhecer mais sobre o estudo desenvolvido por ela na Universidade Presbiteriana Mackenzie. Afinal, em linhas gerais, a pesquisa trata sobre inclusão de pessoas autistas no mercado de trabalho.

Confira a entrevista:

 

  1. Qual é seu tema de pesquisa de mestrado? Você poderia descrevê-lo?

Resposta: O tema do projeto de pesquisa de Mestrado é a neurodiversidade nas organizações e os desafios à empregabilidade de profissionais autistas. O objetivo geral é entender quais seriam tais desafios, a partir de uma visão integrada e estruturada da questão, que será desenvolvida com base nos relatos das próprias pessoas autistas; de profissionais da área de Recursos Humanos, Gestão de Pessoas e de Programas de Diversidade, Equidade e Inclusão (DEI); e de profissionais que trabalham em instituições ou organizações que capacitam pessoas autistas e/ou oferecem consultoria para programas de neurodiversidade. A análise será feita de acordo com a proposta do modelo social da deficiência e da própria neurodiversidade.

Importante destacar que também obtivemos a aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Presbiteriana Mackenzie previamente ao início das entrevistas.

  1. Qual é a sua motivação para iniciar esse tema de pesquisa?

Resposta: Tenho uma relação pessoal e muito profunda com o autismo, em razão do meu irmão mais novo, autista nível 3 de suporte, diagnosticado nos primeiros anos de vida. Além de uma pessoa incrível, ele é o meu melhor amigo e temos uma grande conexão desde o seu nascimento. 

Já com relação à neurodiversidade em si, acabei me interessando e iniciei leituras e pesquisas na área por haver outras pessoas com diferentes neurodivergências na minha família; logo, fazia sentido entender como as pessoas podem ter diferentes formas de pensar e agir – e que não há nada de “errado” com isso. 

Também acredito que o fato de a minha mãe trabalhar há cerca de 30 anos na área da deficiência visual, além de ser uma pesquisadora da temática, tenha influenciado minhas escolhas.

Por fim, ao entrar no Mestrado, cursei a disciplina Gestão Inclusiva da Diversidade, com a Profª Drª Darcy Hanashiro, minha orientadora atualmente, e percebi que teríamos a oportunidade de desenvolver o projeto de pesquisa que mencionei anteriormente como minha dissertação de Mestrado.

  1. Quais seriam as melhores práticas para Universidades e empresas poderem acolher pessoas autistas? 

Resposta: De acordo com o que eu tenho estudado e ouvido dos participantes da nossa pesquisa nas entrevistas realizadas, acredito que as melhores práticas para que universidades e organizações possam acolher pessoas autistas deveriam ter como base dois principais pilares: (i) conhecimento – conhecer cada vez mais a respeito do autismo, da neurodiversidade e das pessoas autistas de forma geral (que seria talvez um conhecimento “mais técnico”, com o objetivo de eliminar mitos e reduzir estigmas associados ao autismo); e (ii) diálogo – estabelecer um diálogo constante com pessoas autistas, para de fato ouvir e compreender o que querem e do que precisam, tanto no ambiente acadêmico quanto no profissional. Chamei aqui de “pilares”, porque acredito que a partir deles as universidades e organizações poderiam propor diferentes medidas, práticas e políticas voltadas para pessoas autistas e para a neurodiversidade como um todo, dependendo do seu porte, orçamento e outros aspectos particulares de cada instituição. Também poderiam implementar as adaptações necessárias para tornar os ambientes das universidades e organizações mais acessíveis a pessoas autistas, viabilizando sua real inclusão.

  1. Como estas pesquisas cientificamente validadas podem se aproximar do terceiro setor e dos empreendimentos sociais para que a inclusão socioeconômica se efetive?

Resposta: Acredito que as pesquisas cientificamente validadas podem nos fornecer evidências a respeito de diferentes hipóteses ou proposições que estão sendo trabalhadas pela pessoa que conduz a pesquisa, dependendo do tipo de estudo realizado. Com base em tais dados e resultados, algo que inicialmente foi pensado apenas de modo “teórico” pode começar a ser discutido em termos mais práticos e adaptado a diferentes propostas de atuação, como as organizações do terceiro setor e os empreendimentos sociais.

  1. Como a Universidade pode dar espaço para pessoas autistas relatarem sobre as dificuldades, desafios rotineiros e a experiência pessoal de ser uma pessoa autista? Essa escuta ativa pode gerar quais ideias para pesquisas científicas?

Resposta: Apesar de não ser o foco da nossa pesquisa, aspectos da vida acadêmica acabam tendo relação com a empregabilidade e, portanto, surgem em alguns relatos dos participantes entrevistados. Temos notado o aumento da criação de “coletivos autistas” em diversas universidades, uma forma de organização dos próprios estudantes autistas para defesa dos seus direitos e promoção de representatividade das pessoas autistas nas universidades. Dentre as atividades conduzidas por estes coletivos, destacamos a produção de cartilhas e guias para conscientização a respeito do autismo, principalmente de professores e outros profissionais das instituições de ensino.

Além disso, algumas universidades desenvolvem programas voltados para orientação e apoio psicopedagógico de alunos com deficiência, como é o caso do PROATO – Programa de Atenção e Orientação aos Discentes da Universidade Presbiteriana Mackenzie. Recentemente, foi divulgada nas redes sociais do PROATO a primeira reunião com o Presidente da “@autistasbrasil”, com o objetivo de discutir formas de contribuição para a inclusão de estudantes autistas na universidade.

Acredito que os dois pilares que mencionei acima (conhecimento e diálogo) aplicam-se a estes exemplos.

No que diz respeito a pesquisas científicas, essas trocas entre estudantes autistas e universidades poderão oferecer campo para estudo dos desafios enfrentados pelas pessoas autistas quanto à vida acadêmica, tais como formato do processo seletivo (vestibular); escolha do curso; processo de avaliações; carga horária de disciplinas; acompanhamento de aulas (presencialmente ou de forma remota); conciliação entre vida acadêmica e profissional; entre outros aspectos. Dados científicos poderão auxiliar as universidades a tornarem o ambiente acadêmico mais acessível para estudantes autistas, sem que percam o mesmo conteúdo ofertado aos demais alunos ou sejam privados da experiência acadêmica.

Agradeço especialmente a advogada, professora e pesquisadora Débora Cunha Romanov por conceder a entrevista.

Felipe Emilio Gruetzmacher 
ASID Brasil – 2024

Sobre o autor:

Felipe Gruetzmacher é um escritor que acredita muito no potencial de combinar ciência, esforços empresariais e projetos sociais. Tem interesse em estudar como essas três partes podem colaborar entre si.
Se você é algum empresário, organização do terceiro setor ou cientista e quer cocriar conosco, deixe seu comentário!

 

Sobre a ASID Brasil:

A ASID Brasil é uma ONG que promove a inclusão socioeconômica da população com deficiência. Somos agentes empreendedores que alcançam a excelência realizando mudanças sociais movido a metodologias, estudos e inteligência plural.

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Nossa Missão

Existimos para quebrar as barreiras socioeconômicas que excluem a pessoa com deficiência.

Selo Amigo Do Surdo Branco Redondo Hugo

LGPD

Em alinhamento com a Lei Geral de Proteção de Dados, garantimos a confidencialidade, segurança e integridade de seus dados pessoais, prevenindo a ocorrência de eventuais danos em virtude do tratamento dos mesmos. Para as solicitações dos titulares de dados, por favor, nos envie um e-mail.

© 2022 ASID Brasil | Desenvolvido por Double2 Comunicação

Diversidade e Literatura #06 – Coluna de Edilayne Ribeiro

Diversidade e Literatura #06 - Coluna de Edilayne Ribeiro

Educação inclusiva: 3 práticas educativas para pessoas autistas

Felizmente, o autismo está sendo cada vez mais mencionado quando se trata de inclusão, e o mês de abril – marcado pelo Dia Mundial de Conscientização do Autismo no dia 2 –, serve como um incentivador desse movimento, pois oferece a oportunidade de ampliar a conscientização, explorar subtemas que muitas vezes são desconhecidos pela sociedade, incentivar a reflexão sem medos e, com isso, promover maior compreensão sobre pessoas autistas.

Apesar dos avanços pretendidos, a realidade atual ainda se apresenta com muitas barreiras socioeconômicas, especialmente no âmbito educacional. Por isso, é imprescindível discutir cada vez mais práticas educativas específicas para o autismo dentro de escolas e universidades.

Além de sugestões básicas como a implementação de políticas públicas e a busca por conhecimento através de sensibilização e treinamento de profissionais, aqui eu destacarei outros 3 elementos igualmente importantes, porém muito negligenciados e pouco executados, para uma realidade mais inclusiva no que se refere ao autismo.

 

Comunicação Alternativa e Aumentativa (CAA): fundamental para pessoas autistas com dificuldades de comunicação verbal, a CAA oferece suportes como tablets com aplicativos de comunicação ou sistemas de comunicação por figuras, ajudando-os a se expressar da melhor forma e, assim, promovendo sua participação ativa no ambiente escolar ou universitário.

 

Inclusão socioemocional: pouco se fala sobre aspectos sociais e emocionais, porque os aspectos técnicos da inclusão geralmente se sobrepõem a um tema tão delicado quanto saúde mental e sociabilização, mas esse item é tão essencial quanto os demais para o bem-estar e o sucesso acadêmico de alunos autistas. Criar um ambiente acolhedor e inclusivo, com atividades de socialização estruturadas e grupos de apoio promove com mais facilidade sua integração social e emocional.

 

Adaptação do ambiente escolar/universitário: adaptar todo o espaço de uma escola e universidade, pensando em aspectos arquitetônicos mas, também, em detalhes que têm a ver com a real experiência de uma pessoa autista, é determinante. Isso inclui a redução de estímulos sensoriais, espaços de tranquilidade e o uso de recursos visuais como cartões de comunicação e outros elementos para apoiar sua compreensão e comunicação diante de qualquer colega ou professor.

 

Priorizando esses elementos na Educação, construímos uma cultura escolar que naturalmente incentiva a diversidade e a inclusão, abrindo espaço para que a neurodiversidade seja reconhecida em todas as suas formas e em todos os espaços educacionais – isto é, esteja verdadeiramente presente!

A adoção de abordagens inclusivas nas escolas e universidades promove o respeito e a celebração da diversidade. No entanto, é necessário também que essas práticas sejam contínuas e recebam a colaboração proativa de todos os envolvidos, especialmente das próprias pessoas autistas e seus familiares.

Ainda, para finalizar este breve artigo, promover a compreensão do autismo, especialmente focando na comunicação, aspectos socioemocionais e personalização dos espaços, resulta em benefícios tangíveis, como uma maior presença de pessoas autistas na sociedade; o fortalecimento de suas redes de apoio com amigos, vizinhos, professores e parceiros românticos; conquistas na carreira profissional; independência financeira; representatividade na mídia; e, enfim, a autonomia integral de uma pessoa com deficiência em um mundo que ainda não é, mas está se tornando, mais atento à essas questões!

Edilayne Ribeiro 
ASID Brasil – 2023

Sobre a autora:

Edilayne Ribeiro é psicóloga, especialista em Neuropsicologia e mestra em Educação, membra da Comissão de Educação Inclusiva da Universidade Tuiuti do Paraná e palestrante nos temas pessoa com deficiência e sexualidade. Atualmente é Líder na ASID em Projetos de inclusão da pessoa com deficiência no mercado de trabalho.

Sobre a ASID Brasil:

A ASID Brasil é uma ONG que promove a inclusão socioeconômica da população com deficiência. Somos agentes empreendedores que alcançam a excelência realizando mudanças sociais movido a metodologias, estudos e inteligência plural.

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Inovação Social #06 – Coluna de Leonardo Mesquita

Inovação Social #06 - Coluna de Leonardo Mesquita

Reflexões no mês de Conscientização do Autismo

O mês de abril é uma importante data para a inclusão e diversidade, já que o dia 2 de abril é considerado o Dia Mundial de Conscientização do Autismo. Com isso, temos a oportunidade de refletir sobre essa pauta e compreender como avançar em nossas atitudes inclusivas.

Percebo que a pauta do autismo vem ganhando muita força nos últimos anos. Desenvolvimento de metodologias, pesquisas, maior disponibilidade e acesso a diagnósticos, além de uma forte mobilização da população por garantia de direitos são possíveis fatores que devemos considerar.

Neste mês, recebemos o convite para assistir ao ciclo de palestras do II Simpósio de Autismo, realizado em Curitiba/PR e promovido pelo Sesc Paraná em parceria com a Universidade Livre do Esporte.  A ULE é parceira da Comunidade Conexões.

Sesc Paraná em parceria com a Universidade Livre do Esporte (ULE) promovem o II Simpósio de Autismo

O Simpósio de Autismo, nesta edição de 2024, tinha como objetivo trazer reflexões sobre a inclusão de maneira multidisciplinar. O primeiro tema a ser abordado foi TEA na Vida Adulta, facilitado por Mara Aguila, Psicóloga e Psicopedagoga, Doutoranda em Educação pela Universidade Nacional de Rosário.

Mara faz uma introdução sobre o TEA e sobre as mudanças metodológicas ao longo dos últimos anos. Essa é uma das hipóteses para compreendermos o recente aumento do número de diagnósticos. Importantes atualizações foram feitas a partir de 2014, como a expansão de critérios e maior conscientização de profissionais.

Mara comenta também sobre a importância de uma abordagem multidisciplinar no diagnóstico do TEA e cita que é necessário uma maior compreensão do transtorno na vida adulta.

O evento trouxe também o Dr. Salmo Raskin para abordar o tema Genética do Autismo. Salmo fez uma introdução sobre a genética para auxiliar na compreensão do tema na perspectiva do autismo. Comentou sobre as pesquisas que trazem a hipótese de um forte componente genético no transtorno de espectro autista e que essas pesquisas vêm avançando e trazendo novas compreensões sobre o tema. O Dr. Salmo reforça a ideia de que há “vários autismos” e que demandam por vários métodos de trabalho.

A Comunicação Assertiva também foi um tema explorado no Simpósio. Liziane Krieger, Psicopedagoga especialista em TEA, comentou sobre a importância de uma comunicação assertiva onde possamos ouvir o outro, controlar as emoções, cuidar das ações, atitudes e comportamentos e a necessidade de sermos claros ao transmitir informações. Liziane comenta sobre um aumento do número de matrículas na educação especial, segundo o Censo Escolar 2022 e reforça que não há uma metodologia ou técnica salvadora. Sugere também que apenas um laudo médico não deve definir uma conduta pedagógica. Devemos dar atenção para a função social e construtiva da escola.

Seguindo com a perspectiva educacional, Nathalie Baril, Psicóloga e Pedagoga, Mestra em Educação, compartilha boas práticas para incluir crianças com TEA nas escolas. Entre as várias práticas compartilhadas, comenta sobre:

  • A importância de uma boa anamnese que considere áreas de interesse, comunicação e possíveis incômodos do indivíduo;
  • Atenção aos diferentes tipos de suporte e apoio;
  • Disponibilizar para a equipe escolar um histórico da pessoa incluída;
  • A importância de um Plano de Desenvolvimento Individualizado que vai além das questões curriculares.

O Simpósio traz ainda a apresentação do Método PULE, uma metodologia própria da Universidade Livre dos Esporte para uma inclusão multidisciplinar. O conteúdo deste evento pode ser acessado no canal oficial do Youtube do Sesc Paraná. 

Sobre o autor:

Leonardo Mesquita é especialista em Gestão de Projetos Sociais e certificado em Lideranças de Inovações Sociais. É graduado em Engenharia de Computação e há 7 anos atua na ASID Brasil, liderando articulações de comunidades e processos de inovação social dentro da causa da pessoa com deficiência. Já esteve envolvido na coordenação de programas de voluntariado. Léo escreve sobre inovação social, ODS e como conectamos essas pautas com a causa da pessoa com deficiência.

 

Sobre a ASID Brasil:

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