As Fases do Gerenciamento de Projetos Sociais

Inovação Social #08 - Coluna de Leonardo Mesquita

As Fases do Gerenciamento de Projetos Sociais

Em um dos encontros presenciais da Comunidade Conexões, da ASID Brasil, abrimos um debate sobre o gerenciamento de projetos sociais e indicadores de impacto. O objetivo era compreender a percepção de nossas parceiras sobre este tema e compartilhar ferramentas que pudessem auxiliar suas rotinas.

A conversa começou com uma questão básica: o que são projetos sociais e quais os aspectos do seu gerenciamento. As respostas foram interessantes e geraram um debate sobre a finalidade dos projetos sociais. Para as pessoas que estavam presentes no encontro, havia uma compreensão de que projetos sociais são, principalmente, aqueles projetos (editais) pelos quais as organizações acessam recursos públicos. Nesse contexto, narram os desafios de adequação de suas rotinas para a escrita, aprovação e implementação desses projetos para o acesso aos recursos.

A compreensão a partir desses relatos é que a finalidade dos projetos sociais é a captação de recursos.
Mas e o impacto social?

Aprofundamos esse questionamento inicial ao longo da formação. Percebemos que a realidade de muitas organizações da sociedade civil é de equipes com números reduzidos, limitação ao acesso à ferramentas, além de cenários emergenciais de acesso aos recursos que possam manter sua infraestrutura. Nessa emergência, muitas organizações acabam escrevendo projetos pela oportunidade de acesso aos recursos e nem tanto pela finalidade de impacto em si. Como podemos mitigar o risco de construir projetos sem um impacto social bem definido?

As Fases do Gerenciamento de Projetos Sociais

Nesse encontro, não tínhamos como objetivo aprofundar na temática da modelagem de negócios e todo o sistema no qual o terceiro setor está inserido. Mas partindo de um princípio em que uma organização tem o recurso a ser captado ou irá iniciar um novo projeto, como construir um projeto orientado a impacto social?

Uma base metodológica apresentada à Comunidade Conexões é o Modelo de Fases do Gerenciamento de Projetos Project DPro, da organização PM4NGOS.

O Project DPro se destaca como uma metodologia para gerenciar projetos sociais com foco na efetividade, impacto e sustentabilidade. Através de suas cinco fases interligadas, o Project DPro guia as equipes na condução de projetos que geram mudanças positivas na sociedade. A seguir, um breve resumo das suas cinco fases.

1. Identificação e Definição:

Esta é a fase inicial, que se concentra na identificação de problemas sociais e na viabilidade de soluções através de projetos. Tem como foco a análise aprofundada do problema, seus impactos e dos grupos sociais envolvidos e suas relações. É nesta fase onde serão aplicadas ferramentas como estudos de caso, mapeamento de partes interessadas (stakeholders), matriz de problemas e soluções, entre outras.

2. Configuração e Aprovação do Projeto:

Já na segunda etapa, o projeto começa a ser estruturado com a definição de seus objetivos, público-alvo e plano de ação. Nessa fase é comum estabelecer as metas (modelo SMART, por exemplo), indicadores de sucesso e um cronograma. Podem ser utilizadas ferramentas como Quadro Lógico, Teoria da Mudança, Matriz de Responsabilidades, Plano de Comunicação e Orçamento Detalhado.

3. Planejamento:

A fase de planejamento é crucial para detalhar as atividades, recursos e estratégias necessárias para o sucesso do projeto. O foco é criar um plano de trabalho abrangente, incluindo prazos, responsáveis e indicadores de desempenho. O uso de um Gráfico de Gantt, matriz RACI, plano de gestão de riscos e plano de monitoramento e avaliação são ferramentas indicadas.

4. Implementação:

A quarta fase é o momento de colocar o plano em ação, iniciando as atividades na prática e monitorando o progresso. É importante reforçar que as fases de Planejamento e Implementação são cíclicas, pois é uma boa prática manter um monitoramento constante da implementação e, se necessário, replanejar a rota do projeto. Nesta fase o foco será em gerenciar a equipe, recursos e atividades de forma eficaz, garantindo a qualidade e o cumprimento dos prazos. As rotinas e ferramentas compreendem as reuniões de equipe, relatórios de andamento, ferramentas de controle de projetos e comunicação constante com as partes interessadas.

5. Encerramento e Sustentabilidade:

A fase de Encerramento é muito importante e muitas vezes esquecida. Nesse momento, são avaliados os resultados do projeto, documentadas as lições aprendidas e garantida a sustentabilidade dos seus impactos. Não menos importante, é uma fase onde todas as partes interessadas devem ser informadas sobre o fim do projeto. Geralmente, são produzidos nesta fase os relatórios finais, matriz de lições aprendidas, planos de sustentabilidade e estratégias de disseminação de resultados.

Conclusões:

O uso de metodologias e ferramentas para o gerenciamento de projetos, como o Modelo de Fases Project DPro, permite a ênfase no impacto social, indo além da entrega de produtos e priorizando a geração de mudanças positivas na vida das pessoas. Um bom gerenciamento de projeto social deve ter uma abordagem participativa, envolvendo ativamente as partes interessadas em todas as fases, promovendo a coesão e o senso de pertencimento.

Ainda, deve ser flexível, adaptando-se às características e necessidades específicas de cada projeto social e com uma visão holística, considerando os aspectos sociais, ambientais e econômicos do projeto, promovendo a sustentabilidade. A metodologia Project DPro é gratuita e seu guia completo pode ser acessado, em português, no seguinte endereço oficial: Clique aqui 

As equipes das organizações parceiras da Comunidade Conexões podem acessar guias, ferramentas, formações e mentorias sobre Gerenciamento de Projetos Sociais para impulsionar projetos na causa da pessoa com deficiência. Cadastre sua equipe gratuitamente: asidbrasil.org.br/comunidades-asid

Sobre o autor:

Leonardo Mesquita é especialista em Gestão de Projetos Sociais e certificado em Lideranças de Inovações Sociais. Graduado em Engenharia de Computação e há 7 anos atua na ASID Brasil, liderando articulações de comunidades e processos de inovação social dentro da causa da pessoa com deficiência. Já esteve envolvido na coordenação de programas de voluntariado. Léo escreve sobre inovação social, ODS e como conectamos essas pautas com a causa da pessoa com deficiência.

 

Sobre a ASID Brasil:

A ASID Brasil é uma ONG que promove a inclusão socioeconômica da população com deficiência.Somos agentes empreendedores que alcançam a excelência realizando mudanças sociais movido a metodologias, estudos e inteligência plural.

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Nossa Missão

Existimos para quebrar as barreiras socioeconômicas que excluem a pessoa com deficiência.

Selo Amigo Do Surdo Branco Redondo Hugo

LGPD

Em alinhamento com a Lei Geral de Proteção de Dados, garantimos a confidencialidade, segurança e integridade de seus dados pessoais, prevenindo a ocorrência de eventuais danos em virtude do tratamento dos mesmos. Para as solicitações dos titulares de dados, por favor, nos envie um e-mail.

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Grupo Risotolândia abre 40 vagas para pessoas com deficiência em Blumenau e Araucária

Grupo Risotolândia abre 40 vagas para pessoas com deficiência em Blumenau e Araucária

Estão abertas 40 vagas para cozinheiro escolar e auxiliar de cozinha

Em um trabalho conjunto para promover a inclusão social e profissional de pessoas com deficiência, o Grupo Risotolândia, em parceria com a ASID Brasil, uma plataforma de soluções para inclusão socioeconômica de pessoas com deficiência, lançou o projeto Inclusão em Rede: Vivências Conectadas 2024. O projeto visa oferecer oportunidades de trabalho para pessoas com deficiências intelectual ou auditiva, especialmente aquelas em maior vulnerabilidade. Não é necessário experiência prévia no mercado de trabalho e não há escolaridade mínima exigida.

As candidaturas estão abertas até o dia 08 de julho e as vagas estão disponíveis para as sedes da Risotolândia em Araucária (PR) e em Blumenau (SC), totalizando 40 oportunidades para os cargos de auxiliar de cozinha e cozinheiro escolar.

Com início previsto para o final do mês de julho, os novos colaboradores auxiliarão em todos os processos produtivos de cozinha, como pré-preparo, armazenagem, distribuição, servimento, higienização e organização do ambiente de trabalho.

Os novos contratados receberão treinamento inicial de uma semana para os primeiros passos no mercado de trabalho e acompanhamento especializado durante três meses pela ASID Brasil.

Inscreva-se!

As vagas para auxiliar de cozinha e cozinheiro escolar recebem candidaturas até o dia 08 de julho, através da plataforma Gupy, e também pelo WhatsApp. Caso você seja, ou conheça, uma pessoa com deficiência intelectual ou auditiva em busca de oportunidade no mercado de trabalho, não deixe de acessar:

Whatsapp Blumenau: (48) 99163-8718

Whatsapp Araucária:  (41) 98882-4361

Não perca essa oportunidade. Além do salário, diversos outros benefícios são oferecidos, como refeição no local de trabalho, vale-alimentação, vale-transporte, plano de saúde, plano odontológico, convênio farmácia, seguro de vida, subsídio para óculos, kit de material escolar, kit maternidade/paternidade, clube de descontos, assessoria jurídica, estacionamento, universidade corporativa com cursos 100% online e gratuitos, além de descontos em diversas instituições de ensino.

 

 

Sobre a ASID Brasil

A ASID Brasil é uma plataforma de soluções para inclusão socioeconômica da pessoa com deficiência. Idealiza, executa e dissemina soluções de desenvolvimento social em todo território nacional. Suas soluções criam oportunidades para pessoas com deficiência e seu núcleo familiar, além de incentivar novas tecnologias sociais. Atua desde 2010 com 120.000 pessoas impactadas e mais de 8 mil voluntários, a ASID Brasil conta com reconhecimentos nacionais e internacionais como Melhores ONGs Época, United People Global, e o Prêmio Viva Idea como melhor solução de impacto coletivo da América Latina. Mais informações: https://www.asidbrasil.org.br

Sobre o Grupo Risotolândia

Há mais de 65 anos no mercado, o Grupo Risotolândia é líder no mercado de refeições coletivas no sul do Brasil. Com soluções diferentes para qualquer tipo de demanda relacionada à alimentação, conta com mais de 4.700 colaboradores e fornece mais de 550 mil refeições diariamente. Tem o compromisso de garantir que todos os brasileiros tenham uma alimentação saudável ao longo de suas vidas. www.risotolandia.com.br

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A ASID Brasil ficou entre as 10 finalistas da 12ª Edição do Prêmio Fundação BB de Tecnologia Social!

Amanda Lyra e Mariana Oliveira em duas fotos na frente de um stand.
Amanda Lyra e Mariana Oliveira em duas fotos na frente de um stand.

A ASID Brasil ficou entre as 10 finalistas da 12ª Edição do Prêmio Fundação BB de Tecnologia Social!

A ASID Brasil se dispõe a validar constantemente as nossas soluções, aperfeiçoando o know-how e o jeito de impactar.

Nossas equipes priorizam a qualidade e o atendimento das diversas partes interessadas na inclusão socioeconômica. Assim, submetemos a metodologia Empreenda ao prêmio da 12ª Edição do Prêmio Fundação BB de Tecnologia Social.

Desde sua recente criação em 2020 até 2023, a metodologia Empreenda beneficiou mais de 600 pessoas empreendedoras. Já é uma significativa conquista e contribuição para pessoas com deficiência e familiares que querem autonomia, independência e renda própria!

Os impactos e benefícios desse jeito ASID de transformar a realidade são bem tangíveis para a realidade das pessoas participantes:

  • Geração de renda pela via do empreendedorismo;
  • Aumento da qualidade de vida e poder de compra; 
  • Oportunidade de conectar talento e demanda de venda e consumo local;
  • Concretizar sonhos pessoais e profissionais.

Além disso, as empresas parceiras que investem na metodologia Empreenda conquistam maior credibilidade, autoridade e visibilidade na sua jornada de responsabilidade social. É um ganho compartilhado para todas as partes do ecossistema de mudança social.

Na 12ª Edição do Prêmio Fundação BB de Tecnologia Social a nossa ASID ficou entre as 10 organizações finalistas, recebendo um valor de R$50.000,00 reais como reconhecimento. Esse fato traz a validação da metodologia Empreenda perante organizações e consolida nossa marca ASID.  É a rede em ação:

Instituições e parceiros investindo em projetos e negócios sociais estratégicos para gerar mudança social significativa!

Nesse clima de otimismo e esperança em dias mais diversos, a equipe da ASID Brasil foram até Brasília e passam pelas etapas:

  • Pitch Day em 17 de junho: apresentação da metodologia Empreenda à Comissão de Julgamento das Vencedoras. Assista aqui.

     

  • Semana Nacional da Tecnologia Social de 18 a 21 de junho: mesas de debate e palestras sobre temas focados em Tecnologia Social. A ASID apresentou a tecnologia social Empreenda numa mesa específica.

     

  • Evento de Premiação em 21 de junho: momento de celebrar e conhecer as iniciativas vencedoras do Prêmio.

Apesar da ASID Brasil não conquistar o prêmio final de R$500.00,00 reais estar entre as 10 instituições finalistas dentre as 1000 inscritas já valeu muito a pena e esse contexto serve como lição aprendida e muita evolução.

 

O que essa conquista significa para a inclusão?

Em primeiro lugar, estar entre as 10 primeiras instituições valida nossa confiança em um hoje e amanhã mais inclusivos! Em segundo lugar, o sucesso da metodologia Empreenda significa uma vitória coletiva que atinge todas as pessoas com deficiência e a diversidade. Esses direcionamentos e feedbacks positivos fomentam o protagonismo empreendedor da pessoa com deficiência e a quebra de barreiras!


O valor recebido do prêmio 50.000 reais será reinvestido na ASID Brasil com o objetivo de fortalecer mais ainda as soluções de inclusão produtiva, posicionar o empreendedorismo como um potente mecanismo de inclusão socioeconômica.

Próximos passos: o que fazer depois dessa lição aprendida?

A experiência no Prêmio significa aprendizado e lições assimiladas que vão agregar insights profissionais para o DNA ASID. Teremos muito mais critérios técnicos para impactar no contexto inclusivo e gerar valor para o cenário dos empreendimentos sociais!

A cultura voltada para inovação só tende a evoluir conforme modelos de negócios passam pelo teste do tempo e se conectam com as demandas do mercado. Assim, a ASID Brasil planeja incorporar todo esse conhecimento assimilado por esta grande lição nas atitudes e no nosso comportamento empreendedor.

Queremos que esse conhecimento reverbere internamente para garantir a continuidade do nosso trabalho! 

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Projeto Jornada de Impacto oferece desenvolvimento profissional inclusivo

Fundo verde com as frases: Jornada de Impacto Biotrop. 100 vagas gratuitas. Programa de desenvolvimento profissional.
Fundo verde com as frases: Jornada de Impacto Biotrop. 100 vagas gratuitas. Programa de desenvolvimento profissional.

Projeto Jornada de Impacto oferece desenvolvimento profissional inclusivo

Durante três meses, 100 pessoas, incluindo aquelas algum tipo de deficiência, serão preparadas para suas carreiras profissionais

Desenvolvido para impulsionar carreiras e promover inclusão social, o projeto Jornada de Impacto, uma formação virtual e gratuita, está com inscrições abertas até o dia 03 de julho. Podem se cadastrar pessoas com deficiência, pessoas com mais de 60 anos, mulheres em situação de vulnerabilidade, membros da comunidade LGBTQIA+ e pessoas negras que residam nas cidades de Curitiba e região metropolitana, e Campinas e região metropolitana, como Jaguariuna e Vinhedo.

 A ação é promovida pela ASID Brasil, organização dedicada à inclusão da população com deficiência, em parceria com a Biotrop, empresa que gera valor de forma sustentável oferecendo produtos biológicos e naturais para a agricultura regenerativa. “Estamos entusiasmados com essa parceria promissora com a Biotrop no programa ‘Jornada de Impacto’. Juntos, estamos comprometidos com a inclusão e desenvolvimento de pessoas com deficiência e outros grupos, rumo a um futuro mais inclusivo”, afirma Mariana Oliveira, Líder de Projetos na ASID Brasil. 

Com a fase inicial do projeto, prevista entre maio e agosto, será possível desenvolver e qualificar profissionalmente 100 pessoas. “Essa iniciativa não apenas proporciona oportunidades de desenvolvimento profissional, mas também contribui para a construção de uma sociedade mais inclusiva”, complementa Mariana, da ASID Brasil.

O  Jornada de Impacto é uma qualificação virtual e oferece 40 horas de aulas ao vivo e gravadas, com oficinas temáticas, atividades extracurriculares e PDP – Plano de Desenvolvimento Profissional, que os beneficiários vão construir durante o curso. No total, o Jornada tem duração de cinco semanas, sendo composto por quatro turmas.

As aulas possuem dois eixos: desenvolvimento e competências comportamentais; e o aprimoramento profissional. As temáticas trabalhadas durante as aulas serão autoconhecimento e qualidade de vida; inteligência emocional: gerenciamento do estresse e resiliência; comunicação não violenta e oratória; hábitos para proatividade, trabalho em equipe; síndrome do impostor; elaboração de currículo e simulação de entrevistas; ética no trabalho; gerenciamento de carreira; disciplina e networking.

“Somos Diversos e Únicos na Biotrop. Para nós, o Pilar de Diversidade & Inclusão é importante e vivenciado em ações consistentes dentro da nossa empresa. Temos diversos programas estabelecidos, como o BioMulher, que ocorre há mais de quatro anos para a valorização e desenvolvimento de nossas colaboradoras, preparando para o próximo passo de carreira; o Programas de aprendizes e estagiários; o Programa de inclusão de pessoas com deficiência.  Agora, em parceria com a ASID, queremos ampliar a nossa atuação abraçando a sociedade como um todo, através do Programa ‘Jornada de Impacto’. O objetivo é incluir e desenvolver pessoas que estão fora do mercado de trabalho e/ou em situações de vulnerabilidade. Um programa muito alinhado aos nossos valores, que visa o desenvolvimento e a qualificação pessoal e profissional. Temos essa essência: compromisso com o futuro e o crescimento sustentável”, afirma Maina Pardini, Diretora de Gente & Gestão na Biotrop.

Um dos principais diferenciais da Jornada de Impacto é sua abordagem inclusiva, destinada a atender diversas parcelas da população. O projeto é direcionado não apenas àqueles que buscam um novo emprego, mas também àqueles que desejam aprimorar suas habilidades e progredir em suas carreiras atuais. As inscrições já estão abertas e vão até o dia 03 de julho, pelo link http://conteudo.asidbrasil.org.br/jornadadeimpacto 

Sobre a ASID Brasil

A ASID Brasil é uma plataforma de soluções para inclusão socioeconômica da pessoa com deficiência. Idealiza, executa e dissemina soluções de desenvolvimento social em todo território nacional. Suas soluções criam oportunidades para pessoas com deficiência e seu núcleo familiar, além de incentivar novas tecnologias sociais. Atua desde 2010 com 120.000 pessoas impactadas e mais de 8 mil voluntários, a ASID Brasil conta com reconhecimentos nacionais e internacionais como Melhores ONGs Época, United People Global, e o Prêmio Viva Idea como melhor solução de impacto coletivo da América Latina. Mais informações: https://www.asidbrasil.org.br

Sobre a Biotrop

A Biotrop é uma empresa brasileira referência em tecnologias naturais e biológicas para a agricultura. Fundada em 2018, a companhia leva ao agricultor o que há de mais avançado em soluções que contribuem para o sucesso dos cultivos, com a união dos conceitos de sustentabilidade e agricultura regenerativa. Para cumprir sua meta, a Biotrop conta com avançadas unidades de multiplicação industrial de microrganismos, realiza investimentos massivos em inovação, pesquisa, desenvolvimento e registros e aposta em alianças estratégicas para acessar e desenvolver as melhores tecnologias biológicas. www.biotrop.com.br

Acesse o link clicando no botão abaixo:

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Solução Empreenda é finalista no 12ª Edição do Prêmio Fundação BB

Fundo azul com as frases: "12ª Edição do Prêmio Fundação BB de Tecnologia Social. Somos finalistas."
Fundo azul com as frases: "12ª Edição do Prêmio Fundação BB de Tecnologia Social. Somos finalistas."

Solução Empreenda é finalista no 12ª Edição do Prêmio Fundação BB

Os desafios impostos para a pessoa com deficiência são inúmeros. Assim, para quebrar as barreiras que excluem pessoas com deficiência do mercado de trabalho, a ASID Brasil trabalha com tecnologias sociais que ativam a inclusão social e econômica.

A tecnologia social Empreenda já formou 164 empreendedores e apoiou a criação de 92 negócios.Essa metodologia foi reconhecida mais uma vez pela Fundação BB.


A ASID Brasil é uma das 10 finalistas na 12ª Edição Prêmio Fundação Banco do Brasil de Tecnologia Social e Desafio para Reaplicação de Tecnologia Social.


Vote na Solução Empreenda Aqui

 

 A 12ª edição do Prêmio teve uma participação de 1.012 iniciativas, o segundo maior número de eventos da história do Prêmio. Dessas, 888 concorreram a categoria de novas tecnologias sociais certificadas e 124 à categorias de tecnologias sociais certificadas em edições anteriores.

Já participamos em outras edições dessa Premiação, o que traz uma legitimidade cada vez maior para essa metodologia. Esse fato faz mais do que validar nosso negócio: comprova que a inclusão socioeconômica é uma tendência de mercado e uma luta coletiva por mais dignidade.

O grande prêmio de R$ 500.000 será anunciado no dia 21 de junho e a etapa de votação popular já começou.

Esse recurso financeiro será destinado para a replicação da metodologia do programa Empreenda. É um acréscimo de credibilidade para toda a pauta da inclusão é um convite para continuar sonhando e agindo em prol de uma sociedade melhor.

Inclusão produtiva: uma saída da vulnerabilidade social e informalidade

O Empreenda oferece apoio personalizado e mentorias para auxiliar o desenvolvimento de negócios. O público alvo são pessoas com deficiência e familiares que desejam empreender. Assim, a ASID Brasil promove a inclusão produtiva, uma saída da vulnerabilidade social e informalidade.

Empreenda é uma tecnologia social com foco em acessibilidade e anticapacitismo. O desenvolvimento pessoal e de identidade são pontos de partida para novas ideias de negócios. Promovemos a inclusão produtiva: desenvolvendo o potencial de pessoas com deficiência com geração de renda.

A dor de mercado resolvida pela metodologia pode ser resumida nestes tópicos:

    • número expressivo de pessoas com deficiência para ingressar no mercado de trabalho;
    • altos índices de desemprego e subemprego para esta fatia da população;
    • impactos negativos para toda a rede de suportes dessas pessoas.

A ASID ainda quer agregar um diferencial nesta solução. Está em construção a Plataforma digital empreenda. Uma plataforma digital 100% acessível e com conteúdos metodológicos e duas trilhas de desenvolvimento: 

    • Quero empreender para ideias iniciais;
    • Empreendo para acelerar negócios.

      Além disso, o plano é ainda capacitar 10 organizações para executar a metodologia e usar a plataforma para mensurar resultados.

Quais são os próximos passos da premiação?

Vamos a Brasília e a ASID Brasil estará presente em uma mostra com as demais tecnologias sociais, onde apresentará a metodologia.

    • 17/junho
      Pitch Day
      : Apresentação dos projetos pelas finalistas à Comissão de Julgamento das Vencedoras;

    • 18 a 21/junho
      Semana Nacional de Tecnologia Social: mesas de debate e palestras sobre temas relacionados a Tecnologia Social. As finalistas apresentarão suas tecnologias sociais em mesas específicas em Brasília;

    • 21/junho
      Evento de Premiação:
      momento em que serão conhecidas as vencedoras do Prêmio.

Motivos para comemorar não faltam!

Estar entre as 10 iniciativas finalistas do Prêmio Fundação BB já é um sinal de que o protagonismo da diversidade está cada vez mais sendo reconhecido por diversos setores da sociedade.

Vamos ativar o modo torcida e esperar que a inclusão seja premiada mais uma vez!

Você pode votar no EMPREENDA acessando o botão abaixo:

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Grandes histórias esperam por você!

Grandes histórias esperam por você: Relatório de Impacto ASID Brasil 2023

Ler o Relatório de Impacto ASID Brasil 2023 é como navegar pelas soluções ASID a partir da perspectiva das pessoas beneficiadas. O grande diferencial da nossa escrita é enfatizar o protagonismo das pessoas com deficiência em cada projeto. Mudanças sistêmicas são provocadas quando criamos soluções com o ecossistema de impacto social para quebrar barreiras excludentes. 

A ASID Brasil é uma aliada da inclusão social. Nossas equipes assumem uma postura empreendedora para expressar o posicionamento de aliada da pessoa com deficiência. Somos uma inteligência coletiva especialista em soluções em cada projeto e aplicamos metodologias específicas para ativar uma profunda transformação social.

Esse consistente desenvolvimento como empreendimento social só é possível porque nós nos amparamos na perspectiva das pessoas com deficiência. As histórias de protagonismo apontam para novas formas de interpretar o compromisso corporativo em se conectar com a agenda ESG. Afinal de contas, colocar as pessoas no centro das soluções é uma forma incorporar o “S” (social) em sua atuação.

Esse não é só um relatório de impacto. 

É uma prova que juntos podemos promover a inclusão.

A ASID Brasil deseja que as palavras e histórias ativem sua esperança na inclusão e num mundo mais inclusivo. 

Faça o download e se encante com nossas histórias.

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O que a interseccionalidade tem a ver com as pessoas com deficiência?

Diversidade e Literatura #07 - Coluna de Edilayne Ribeiro

O que a interseccionalidade tem a ver com as pessoas com deficiência?

Dias atrás eu estava organizando o roteiro de uma palestra que eu ministraria sobre interseccionalidade e pessoas com deficiência. Além do conteúdo-base – conceito de intersecção, conceito de marcador social, conceito de deficiência, etc –, eu investi em apresentar os impactos que a análise interseccional ou a falta dela podem gerar para uma pessoa com deficiência, e é isso que transformarei em texto para contar aqui!

A interseccionalidade é, por definição, a conceituação de um problema social a partir da interação entre dois ou mais eixos, ou seja, o entendimento de uma estrutura social não de forma isolada, mas em coexistência com outras estruturas.

Esse não é um conceito novo, apesar de ser pouco falado. Debates sobre interseccionalidade surgiram a partir de movimentos feministas negros dos Estados Unidos e do Reino Unido, entre 1970 e 1980, e o termo foi sistematizado pela teórica e professora Kimberlé Crenshaw em 1989.

Assim sendo, entende-se a interseccionalidade como uma metodologia de análise, uma forma de conceber as características humanas e, com isso, os sistemas de opressão e discriminação que sofremos nos mais variados contextos.

Quando eu falo sobre “características humanas”, eu também posso usar o termo “marcadores sociais”, que nada mais é do que os atributos de uma pessoa que a demarcam como pertencente a um grupo específico na sociedade. A partir desses marcadores, nos conectamos com outros grupos sociais e, também, entendemos mais facilmente de onde vêm determinadas discriminações, diferentes tratativas, desigualdade, etc. Alguns exemplos de marcadores sociais são: gênero, sexualidade, raça, deficiência…

E o que a inclusão tem a ver com tudo isso? Quase tudo!

Quando falamos sobre pessoa com deficiência, não falamos apenas dela isolada, mas sim de uma pessoa que também pode ter outro marcador que a represente em outro grupo – exemplo: um homem negro autista; uma mulher com deficiência física lésbica; uma mulher gorda periférica com deficiência auditiva; dentre outros –, e que por conta disso é uma pessoa que além de sofrer capacitismo, também pode sofrer outros tipos de preconceito.

Portanto, vamos a algumas intersecções entre deficiência e outros grupos, e os impactos de não considerarmos essa intersecção:

 

Deficiência e gênero
Refere-se a como as experiências de viver com uma deficiência são moldadas pelas expectativas e normas de gênero. Isso inclui como homens e mulheres com deficiência enfrentam desafios específicos e recebem diferentes tipos de apoio e oportunidades.

 

Impactos ao não considerar a interseccionalidade

– Invalidação e fetichização do corpo; mulheres com deficiência são tratadas com assexuais e sem possibilidade de desenvolver uma relação romântica/sexual com alguém.

– Maior risco de violência física, sexual e emocional.

– Dificuldade no acesso à saúde e direitos relacionados, por falta de acesso a espaços de saúde sexual e reprodutiva, ambientes com pouca acessibilidade e profissionais não preparados para o atendimento.

 

Deficiência e sexualidade
Refere-se a como questões de orientação sexual são moldadas a partir da vivência de uma pessoa com deficiência, tanto em espaços sociais quanto relacionadas à própria concepção de sexualidade.

 

Impactos ao não considerar a interseccionalidade

– Invalidação das relações sociais, românticas e sexuais, partindo do pressuposto de que, se a pessoa com deficiência tem sexualidade, é apenas heteronormativa.

– Isolamento social e dificuldade para encontrar apoio adequado devido à falta de inclusão em espaços LGBT+ e de deficiência.

– Barreiras adicionais ao acesso a cuidados de saúde.

 

Deficiência e raça
Refere-se a compreender como as identidades raciais e étnicas interagem com a experiência de viver com uma deficiência.

 

Impactos ao não considerar a interseccionalidade

– Aumento da vulnerabilidade, falta de representatividade e dificuldade de inclusão social e econômica, potencializada pelo impacto que o racismo tem na sociedade.

– Maior barreira ao acesso a cuidados de saúde adequados, resultando em disparidades na saúde e menor expectativa de vida.

– Desproporcionalmente afetadas pela violência policial e sistema de justiça criminal, frequentemente sem acomodações adequadas para suas deficiências.

 

Deficiência e classe socioeconômica
Refere-se à forma como a condição socioeconômica de uma pessoa com deficiência pode influenciar seu acesso a recursos, oportunidades e serviços, bem como como a deficiência pode impactar a mobilidade social e econômica.

 

Impactos ao não considerar a interseccionalidade

– Dificuldade de mobilidade urbana, considerando que o transporte para pessoas com deficiência é escasso e/ou mais caro.

– Menor acesso a tecnologias assistivas e serviços de apoio devido ao custo elevado e falta de cobertura por seguros.

– Maior probabilidade de desemprego, resultando em instabilidade econômica e exclusão social.

 

Deficiência e saúde mental
Refere-se à maneira como as condições físicas e mentais interagem, influenciando o bem-estar geral, o acesso a cuidados e o apoio necessário para a saúde integral, conectando-se com sofrimentos psíquicos gerais e transtornos mentais.

 

Impactos ao não considerar a interseccionalidade

– Invalidação de sofrimentos psíquicos gerais (ex.: inseguranças, medos, isolamento social, vergonha…) que possam ter a ver com a deficiência e o social.

– Estigma duplo em relação à deficiência e saúde mental, levando à resistência em buscar tratamento e suporte adequado.

– Barreiras no acesso a serviços de saúde mental, resultando em cuidados inadequados e maior risco de agravamento das condições.

 

A partir de agora, portanto, ao perceber qualquer grupo social, eu te convido a pensar: quais marcadores compõem essas pessoas? Quais os desafios que elas enfrentam por conta disso? De que forma uma característica isolada se potencializa quando combinada com outra, fazendo com que além de capacitismo, essa pessoa enfrente sexismo, racismo, gordofobia, e outros…?

 

Nossas questões não vêm em formato isolado. O social tem um peso enorme na forma como nos relacionamos, como temos ou não acesso a direitos e oportunidades, ou simplesmente na forma de vivermos a vida. Pensar nos desafios de uma relação social é, automaticamente, pensar nos desafios de alguma outra – mesmo que nossa luta seja centralizada.

Edilayne Ribeiro 
ASID Brasil – 2023

Sobre a autora:

Edilayne Ribeiro é psicóloga, especialista em Neuropsicologia e mestra em Educação, membra da Comissão de Educação Inclusiva da Universidade Tuiuti do Paraná e palestrante nos temas pessoa com deficiência e sexualidade. Atualmente é Líder na ASID em Projetos de inclusão da pessoa com deficiência no mercado de trabalho.

Sobre a ASID Brasil:

A ASID Brasil é uma ONG que promove a inclusão socioeconômica da população com deficiência. Somos agentes empreendedores que alcançam a excelência realizando mudanças sociais movido a metodologias, estudos e inteligência plural.

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O que o dia do trabalhador significa para a inclusão e a ASID Brasil?

A ciência da inclusão #07 - Coluna de Felipe Gruetzmacher

O que o dia do trabalhador significa para a inclusão e a ASID Brasil?

Vamos viajar para o passado? O artigo de Maio vai entregar rápidos insights do texto “Trabalho: a categoria-chave da sociologia” publicado em 1986 por Claus Offe.

Esse resumo do texto escrito em 1986 servirá como inspiração para criar perguntas e entrevistar a Asider Isabela Jardim Bonet. Assim, será possível comparar as teorias do passado com as opiniões e a experiência do presente momento. 

Os objetivos são:

  • conhecer as percepções dos Asiders sobre o tema “trabalho”;
  • validar ou não se o conhecimento sociológico de outras épocas cabe no nosso contexto histórico;
  • conectar o tema “dia do trabalhador” com “inclusão de pessoas com deficiência”;
  • reforçar o posicionamento e o compromisso da ASID Brasil com impacto social.

Segue algumas ideias do texto “Trabalho: a categoria-chave da sociologia”

 

  • O texto questiona se o trabalho perdeu sua posição de destaque na vida das pessoas;
  • Uma parcela de tempo da vida de uma pessoa dedicada à vida fora do trabalho reforçaria que o trabalho é somente uma preocupação como outra qualquer, sem o destaque central como antes.
  • Bens de consumo, a renda e a compra conseguem trazer felicidade e significado para a vida de uma pessoa até certo ponto. Autonomia, auto-estima, harmonia familiar, lazer livre de tensões e amizades parecem contribuir bem mais para a satisfação existencial. Esse fato parece desencorajar o trabalho voltado exclusivamente para o acúmulo e consumo.

Análise ASID sobre essas ideias sociológicas do passado

    • O trabalho no terceiro setor é uma atuação voltada para o impacto social. Pode esse tipo de trabalho gerar mais felicidade?

    Eu acredito que é possível ter felicidade no trabalho independente da área de atuação e cada indivíduo e empresas tem seu conjunto de fatores chave que vão levar a sensação de satisfação e felicidade no trabalho.

    Mas não posso deixar de afirmar que também acredito que a atuação na área de impacto social tem seus diferenciais, sim.

    Pra mim, trabalhar com impacto social gera uma motivação e satisfação de longo prazo com o trabalho, pois o que se faz e porque se faz é muito fácil de compreender, de fazer sentido e desperta uma rápida conexão com “querer fazer aquela função”.

    Os resultados do trabalho (as famosas metas, conquistas) também são diferentes de várias outras profissões. No fim das contas, não são compostos apenas por números, mas por mudanças positivas na vida das pessoas. E isso, sim, deve trazer uma felicidade diferente dos outros ofícios.



    • Como equilibrar a realização profissional gerada pelo trabalho com propósito com a felicidade fora do trabalho? 

    O conceito da “roda da vida” pode nos ajudar nessa pergunta. 

    Nossa vida tem muitas “frentes” – nosso lazer, nosso autocuidado, nossos relacionamentos, o trabalho, nossa família e etc.

    É um grande desafio equilibrar tudo isso, não é mesmo? Mas não cair em extremos, na minha opinião, é a resposta.

    Pensando como indivíduo, eu acredito que é saudável buscar a maturidade em relação ao trabalho e a sensação de estar preparado para a função – isso pode ajudar que a jornada profissional seja saudável. É importante também que o trabalho não seja o único foco da sua vida. A felicidade fora do trabalho pode se dar com autoconhecimento e realização do que gosta de fazer – um esporte, um hobby, rotina com amigos, proximidade com a natureza. Enfim, o que combinar com você e isso precisa ser um compromisso inadiável. 






    • O foco extremo no trabalho pode ser um obstáculo para a felicidade de uma pessoa. 

    Como os projetos ASID Brasil de inclusão socioeconômica podem apoiar pessoas com deficiência a conquistar o equilíbrio entre trabalho e vida pessoal?


    Os projetos da ASID que apoiam empreendedores com deficiência na sua jornada de trabalho tem incluído em seu escopo o suporte de psicólogos e atividades de autoconhecimento justamente para contribuir com a inclusão saudável no ecossistema empreendedor.

    Os projetos que fomentam a inclusão em empresas também têm estratégias interessantes como o fomento de conversas entre pessoas com deficiência que estão no mercado de trabalho com os participantes que buscam um emprego, a fim de compartilhar aprendizados, conselhos e exemplos positivos de carreira profissional.

    Referências:

     

    OFFE, Claus. Trabalho: a categoria-chave da sociologia? RBCS: Revista Brasileira de Ciências Sociais, São Paulo, USP, v. 4, n. 10, p. 6-20, 1989.

Agradeço especialmente a CEO da ASID Brasil Isabela Jardim Bonet por conceder a entrevista.

Felipe Emilio Gruetzmacher 
ASID Brasil – 2024

Sobre o autor:

Felipe Gruetzmacher é um escritor que acredita muito no potencial de combinar ciência, esforços empresariais e projetos sociais. Tem interesse em estudar como essas três partes podem colaborar entre si.
Se você é algum empresário, organização do terceiro setor ou cientista e quer cocriar conosco, deixe seu comentário!

 

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A pessoa com deficiência em situações emergenciais e de catástrofes naturais

Inovação Social #07 - Coluna de Leonardo Mesquita

A pessoa com deficiência em situações emergenciais e de catástrofes naturais

O mês de maio de 2024 ficará marcado como o mês onde a população do Rio Grande do Sul vivenciou uma situação de extrema emergência socioambiental, por conta das chuvas e enchentes no estado inteiro. Centenas de milhares de pessoas ficaram desabrigadas e estão em grande vulnerabilidade. E qual é o contexto de pessoas com deficiência em situações como essas?

Em situações emergenciais como catástrofes naturais, conflitos ou pandemias, as pessoas com deficiência frequentemente enfrentam desafios adicionais e desproporcionais. Por exemplo, há as dificuldades em evacuação devido a barreiras arquitetônicas, acesso limitado a informações essenciais em formatos acessíveis, necessidade de dispositivos médicos e assistivos que podem ser difíceis de transportar ou recarregar, além de um maior risco de isolamento e dificuldades em receber ajuda de redes de apoio. Uma notícia no Portal UOL, publicada em 09/05/2024 por Rafaela Polo, traz alguns relatos de pessoas com deficiência e familiares que vivenciaram esta situação.

O jornalista Luiz Ventura, em sua coluna ao Portal Terra, publicada em 28/05/2024, traz atualizações sobre o número de pessoas com deficiência, onde foram mapeadas duas mil pessoas com deficiência que estão vivendo em 781 abrigos em 91 municípios do estado. O jornalista compartilha também as principais demandas da população e as ações que estão sendo realizadas, principalmente por meio de articulações de organizações da sociedade civil.

É fundamental que atuemos sempre na direção de potencializar medidas de prevenção a essas situações, garantindo uma previsibilidade que as tecnologias atuais nos permitem. Esses planos devem considerar aspectos como o mapeamento de vulnerabilidades, como a identificação das pessoas com deficiência nas comunidades e suas necessidades específicas, desenvolvimento de planos de evacuação e resposta que considerem as necessidades de acessibilidade, além de programas de treinamento para equipes de resposta e simulações de evacuação envolvendo pessoas com deficiência.

Porém, em situações onde a prevenção não foi possível, é fundamental que as ações emergenciais se utilizem de múltiplos formatos (visual, auditivo, tátil) para disseminação de informações, criação de abrigos acessíveis e planos de evacuação que levem em conta diferentes tipos de deficiência e a garantia de acesso contínuo a cuidados médicos e dispositivos assistivos durante e após a emergência.

Algumas referências estão disponíveis para aprofundar o debate nesse tema. Por exemplo, a Organização Mundial de Saúde elaborou um guia para Estrutura de Gestão de Risco de Desastres e Emergências de Saúde. Uma versão traduzida e disponibilizada pela Universidade Federal de Juiz de Fora está disponível neste endereço: https://iris.who.int/bitstream/handle/10665/326106/9789241516181-por.pdf

 

Outra referência, agora no âmbito da educação, buscou avaliar a atuação da Aliança Global para a Redução de Riscos de Desastres e Resiliência no Setor Educacional (GADRRRES, sigla em inglês). O estudo está disponível no seguinte endereço, apenas em inglês: https://reliefweb.int/report/world/global-school-safety-collective-impact-evaluation-global-alliance-disaster-risk

O estudo anterior avalia a atuação da GADRRRES em uma perspectiva de Impacto Coletivo, observando aspectos de agenda comum, comunicação contínua e ações coordenadas a partir da agenda estabelecida.

 

Em contextos emergenciais, as estruturas como os conselhos de direitos exercem um importante papel de monitoramento e articulações. Uma notícia publicada em 10/05/24 traz alguns esforços da Secretaria Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência (SNDPD) e do Conselho Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência (Conade) frente às diversas demandas específicas da população com deficiência no estado do Rio Grande do Sul. O texto publicado está disponível no endereço a seguir: https://www.gov.br/mdh/pt-br/assuntos/noticias/2024/maio/direitos-humanos-mobiliza-forca-tarefa-pelos-direitos-das-pessoas-com-deficiencia-atingidas-pelas-enchentes-do-rs

 

Como conclusão, compreendemos que a inclusão de pessoas com deficiência em planos de preparação e resposta a emergências não é apenas uma questão de direitos humanos, mas também de eficiência e eficácia na gestão de crises. Garantir a acessibilidade e a equidade na resposta a desastres pode salvar vidas e reduzir o impacto dessas situações sobre as populações em maior vulnerabilidade.

Sobre o autor:

Leonardo Mesquita é especialista em Gestão de Projetos Sociais e certificado em Lideranças de Inovações Sociais. É graduado em Engenharia de Computação e há 7 anos atua na ASID Brasil, liderando articulações de comunidades e processos de inovação social dentro da causa da pessoa com deficiência. Já esteve envolvido na coordenação de programas de voluntariado. Léo escreve sobre inovação social, ODS e como conectamos essas pautas com a causa da pessoa com deficiência.

 

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Lançamento do obra “Laura, uma Maternidade Especial”​

Lançamento do obra “Laura, uma Maternidade Especial”

A autora Suely Schmidt, mãe de Laura, construiu uma obra literária que emociona, foge dos estereótipos e reflete acerca da inclusão e das várias formas de ser mãe.

Essa história desse amor inabalável é profundamente conectada com a ASID Brasil.  As barreiras enfrentadas por Laura e sua família dela  os principais fatores que impulsionaram a fundação da ASID Brasil. Laura é irmã de Alexandre Amorim, um dos fundadores da ASID.

Na obra, Suely relata sobre a experiência de ser mãe de Laura, que nasceu com Síndrome de Down e Autismo. Ela cita pontos importantes como amor incondicional, coragem, apoio mútuo e muita dedicação.

Essa literatura se propõe a dialogar sobre amor materno e, sobretudo, inclusão.
O conhecimento trazido pelo livro amplia o debate sobre sociedade inclusiva.

“Comecei a escrever justamente porque senti na pele o que é a sociedade desconhecer os desafios enfrentados por uma mãe com um filho com uma deficiência (...) 
E, justamente por desconhecer, as pessoas tem ideias erradas e preconceitos”
Suely Schmidt
Mãe da Laura e autora do livro
Evento de Lançamento:

Lançamento do livro Laura, uma maternidade especial, de Suely Schmidt

Quando: sábado, 18 de maio de 2023
Onde: Editora InVerso – R. Dr. Goulin, 1523
Bairro: Alto da Glória, Curitiba – PR
Horário: das 10h às 13h
Card com foto da capa do livro ""Laura, uma Maternidade Especial".
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