Inovação Social #10 – Coluna de Leonardo Mesquita

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Inovação Social #10 - Coluna de Leonardo Mesquita

A transição para o encerramento de um projeto

A coluna deste mês é uma continuação de nossa última reflexão, sobre as fases do gerenciamento de projetos sociais. Desta vez, quero focar especificamente na última fase, a de Encerramento e Sustentabilidade. Esse tema é oportuno, pois, ao final da coluna, vou trazer um relato pessoal sobre o tema.

A preparação para o Encerramento e Sustentabilidade em um projeto social.

Como já conversamos, a fase de Encerramento é muito importante, apesar de, muitas vezes, não darmos muita atenção a ela. Aqui, avaliamos os resultados do projeto, documentamos as lições aprendidas e garantimos a sustentabilidade do impacto social. Nesta fase, todas as partes interessadas devem ser informadas sobre o fim do projeto.

A metodologia de gerenciamento de projetos sociais, Project D Pro, a qual seguimos para essa reflexão, traz quatro cenários possíveis para o encerramento de um projeto, cenários que nos dão base para a tomada de decisão.

  1. Encerramento
    Nesse cenário, o projeto está encerrado formalmente e todas as atividades de fechamento do projeto foram realizadas. Aqui, o projeto e nossa relação com as partes interessadas estão totalmente encerradas.

     

  2. Extensão
    Nesse caso, há uma negociação por um tempo extra para a conclusão do projeto. Esse é um cenário que ocorre quando, por exemplo, não atingimos algum resultado ou identificamos a necessidade de estender por mais tempo alguma intervenção.

     

  3. Expansão
    Já em um cenário de expansão, identifica-se a necessidade replicar a intervenção para um novo grupo de público-alvo ou novos territórios, por exemplo. Nesse caso, negocia-se com as partes interessadas a continuidade do projeto, mas de maneira expandida.

  4. Redesenho
    Por fim, um cenário de continuação por meio de uma nova fase do projeto, com intervenções ou atividades modificadas. Esse é um cenário onde pode-se identificar também melhorias ou até novas demandas sociais do público-alvo, decidindo-se por realizar ajustes nas metodologias para uma nova aplicação.

Assim, é fundamental que as lideranças de um projeto social, em conjunto com demais partes interessadas, mantenham no radar a chegada do encerramento do projeto, preparando análises que irão embasar a tomada de decisão dentro dos cenários acima. Vale ressaltar que o encerramento pode incluir também a transferência ou cessão das atividades para um parceiro, instituição ou comunidade local.

Deve-se avaliar, também, os impactos – positivos e negativos – que o encerramento de uma intervenção pode gerar para a comunidade local onde ela foi aplicada. Alguns questionamentos básicos para considerar:

  • Conseguimos atingir todos os objetivos esperados? De que forma?
  • Qual o nível de dependência e relacionamento que foi criado com o público-alvo? A finalização do projeto pode criar algum novo problema à comunidade local? Como podemos nos preparar para essa “saída”?
  • Qual o nível de participação e empoderamento do público-alvo?
  • Qual o legado que deixamos?
  • Quais as oportunidades de novas intervenções ou continuidades? A partir de uma primeira intervenção, há complementos que podem ser aplicados?

Ainda, a metodologia Project D Pro indica o uso de uma Matriz de Planejamento de Transição, guiando a liderança de um projeto neste processo. Você pode acessar a ferramenta no material completo da metodologia: Apostila Project D Pro.

Por fim, há processos internos que devemos levar em consideração e planejar sua transição, por exemplo:

  • Encerramento de contratos;
  • Encerramentos financeiros;
  • Encerramentos administrativos;
  • Processos de lições aprendidas e compartilhamento de conhecimentos;
  • Celebração de resultados obtidos.

Ciclos que se fecham

Assim como em projetos sociais, nossas jornadas pessoais e profissionais não deixam de ser grandes projetos e empreendimentos com início, meio e fim, em ciclos de diferentes tamanhos. Na minha jornada pessoal, demorei muito (e talvez não tenha aprendido totalmente) sobre o valor do processo de uma jornada, e não apenas o olhar para o resultado final em si. Muitas vezes, nossa principal evolução vem dos processos pelos quais passamos.

E aproveitando essa oportunidade onde conversarmos sobre ciclos de projetos e seus encerramentos, utilizo este importante espaço de trocas para compartilhar o fim de meu primeiro e enormemente gratificante ciclo aqui na ASID Brasil. Consequentemente, esta é minha última coluna nesta importante série de textos e reflexões.

Inicio minha jornada na ASID no ano de 2016, como estagiário de voluntariado corporativo. Na ocasião, eu era um jovem graduando em Engenharia de Computação, talvez um pouco confuso e frustrado com os caminhos que eu estava trilhando, e que encontrou na ASID a oportunidade de fazer um trabalho de impacto social de maneira remunerada e profissionalizada. Após uma jornada de 8 anos, me encontro como um homem mais maduro e consciente sobre nossa sociedade e sobre a importância de impulsionarmos a luta pela diversidade e inclusão.

Esse amadurecimento se deu por meio das oportunidades oferecidas pela ASID Brasil, enquanto organização, mas principalmente, pelas as pessoas que a compõe. Nessa quase década de trabalho, tive a oportunidade de me conectar com inúmeras pessoas, colegas de trabalho, com diferentes contextos e diferentes formas de perceber o mundo. Mas com a chama da inclusão sempre quente. É essa chama que possibilita a nossa união em um objetivo comum.

Para além do ambiente interno da ASID, fui agraciado com a responsabilidade de estabelecer conexões e relacionamentos com diversas pessoas que viriam a ser parceiras ou beneficiárias de nossos projetos. Com isso, pude conhecer uma enormidade de perfis, de localidades, de estruturas, de sonhos, de dores e frustrações, de pensamentos e metodologias e, principalmente, de conectar com um grande número de pessoas que lutam por um mesmo ideal. Isso me dá um grande otimismo sobre nosso futuro enquanto sociedade, apesar de nosso tempo presente não parecer tão otimista assim. Pude visitar diversas cidades pelo Brasil e entender que o acolhimento de diferentes culturas é parte fundamental para um processo de inovação, diversidade e inclusão. Pude vivenciar experiências internacionais e compreender que nós, aqui no Brasil, podemos sim liderar um movimento global de inclusão. Estamos avançados em muitos pontos e, naturalmente, temos muitos outros para ajustar.

Pude aprender a lidar com a frustração de não conseguir entregar algum resultado e de transformar alguma localidade. Nesses anos – e talvez tardiamente – compreendi que essa responsabilidade de transformação é coletiva e não individual.

Pude me desenvolver em diversos aspectos profissionais, me especializando em empreendedorismo social, em inovação social e agora, inspirado por inúmeras pessoas que conheci, iniciar uma graduação em Serviço Social.

Assim como trouxe no início do texto, sobre desafios em fazermos a transição para o fim de um projeto, estou aqui passando pelo desafio de encerrar um primeiro ciclo em um lugar que proporcionou tantas oportunidades e crescimento.

Com isso, dedico esta minha última coluna e meu agradecimento às centenas de pessoas com as quais tive a oportunidade de me conectar, em diferentes contextos e níveis de proximidade. A todas as pessoas da ASID Brasil, com quem pude compartilhar ideias, medos e, principalmente, caminhos para soluções. A todas as pessoas das Comunidades ASID Brasil, como as pessoas representantes de organizações sociais, que se esforçam para também construir uma sociedade inclusiva. Ou como as famílias com as quais tive contato, que mesmo com o medo e incerteza do futuro, depositam sua confiança em nosso trabalho e também acreditam que um trabalho coletivo é capaz de trazer grande transformação.

Meu agradecimento e gratidão a todas essas pessoas com as quais eu pude trocar, intensamente, experiências, em uma evolução conjunta.

Com muita certeza, seguiremos juntas e juntos na construção de uma sociedade inclusiva!

Sobre o autor:

Leonardo Mesquita é especialista em Gestão de Projetos Sociais e certificado em Lideranças de Inovações Sociais. Graduado em Engenharia de Computação e há 7 anos atua na ASID Brasil, liderando articulações de comunidades e processos de inovação social dentro da causa da pessoa com deficiência. Já esteve envolvido na coordenação de programas de voluntariado. Léo escreve sobre inovação social, ODS e como conectamos essas pautas com a causa da pessoa com deficiência.

 

Sobre a ASID Brasil:

A ASID Brasil é uma ONG que promove a inclusão socioeconômica da população com deficiência.Somos agentes empreendedores que alcançam a excelência realizando mudanças sociais movido a metodologias, estudos e inteligência plural.

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12 Comentários

  • Leliane Calegari Marques

    Léo, agradeço o seu tempo e empenho dedicados a FACE. Os encontros mediados por você foram de estrema importância e agregou muito para a nossa fundação. Desejo sucesso nessa nova caminhada, o que precisar estamos à disposição. Abraço.

    • Leliane;
      A ASID Brasil agradece a mensagem e os elogios.
      O trabalho do Leo foi de extrema importância para a diversidade e a inclusão.
      A ASID vai repassar seu depoimento para o Léo.

  • SANDRA

    Leo, só temos a agradecer sua dedicação, empenho, escuta e valorização do ser humano acima de qualquer limitação. Não há encerramento de ciclos e sim transiçoes na espiral evolutiva. Durante cada processo encontramos pessoas que nos estendem a mão para subir um degrau e ascender coletivamente. Ainda que não possamos mensurar, esteja certo que a semente foi plantada e que o processo não tem volta! Como mãe de pessoa com deficiência, aprendi muito com vcs da Asid através do Projeto Asas.
    Que D’Us o acompanhe nessa nova jornada e que o processo de transfomação continue te perseguindo e inquietando onde vc estiver. Sucesso sempre!

    • Sandra
      A ASID Brasil agradece os elogios e as palavras de encorajamento.
      O trabalho do Leo foi de fundamental para o projeto ASAS.
      A ASID vai repassar sua mensagem para o Léo.

  • Regina e Cláudio

    Muito obrigada por tudo!

    • Regina e Cláudio.
      A ASID Brasil agradece os elogios.
      O trabalho do Leo foi de extrema importância para a causa da inclusão.
      A ASID vai repassar seus elogios e sua mensagem para o Léo.

  • Francisco Sogari

    Léo, vc teve uma jornada muito agregadora. Quem é competente se estabelece. O Instituto Gabi agradece a jornada.

    • Francisco;
      A ASID Brasil agradece as palavras de encorajamento.
      O trabalho do Leo foi de extrema importância para a causa da diversidade.
      A ASID vai repassar seus elogios e sua mensagem para o Léo.

  • Denise Veiga e Douglas Ribeiro Silva

    Amigo Leo, nós agradecemos por fazer parte dessa nossa jornada, por todo o carinho e atenção e a diferença que tu faz nesse mundo, desejamos muito sucesso no seu próximo ciclo! Que Deus abençoe você e sua linda família! Quando vier a São Paulo, venha nos visitar, ficaremos muito felizes em conhecê-lo pessoalmente! Ate mais!

    • Denise e Douglas;
      A ASID Brasil agradece os elogios.
      O trabalho do Leo foi de extrema importância para as pessoas com deficiência!
      A ASID vai repassar sua mensagem para o Léo.

  • Everaldo

    Leonardo, agradeço profundamente por todo o impacto positivo que você trouxe ao longo desses 8 anos na ASID Brasil. Como um dos beneficiados pelo seu trabalho, especialmente sendo PCD, posso dizer que sua dedicação fez toda a diferença. Desejo muito sucesso na sua nova jornada. Obrigado por tudo!

    • Everaldo;
      A ASID Brasil agradece a mensagem carinhosa.
      O trabalho do Leo foi de grande valia para a inclusão e a diversidade!
      A ASID vai repassar seu comentário para o Léo.

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Existimos para quebrar as barreiras socioeconômicas que excluem a pessoa com deficiência.

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Diversidade e Literatura #10 – Coluna de Edilayne Ribeiro

Diversidade e Literatura #10 - Coluna de Edilayne Ribeiro

E se as metas de diversidade e inclusão nas empresas acabarem?

Nos últimos anos, a discussão sobre diversidade e inclusão nas empresas ganhou destaque, refletindo uma busca por maior equidade no ambiente de trabalho, pessoas mais diversas e resultados mais realistas. As ações afirmativas e as grandes metas de diversidade estabelecidas por muitas empresas, seja no Brasil ou internacionalmente, foram aplaudidas como passos importantes em direção a uma sociedade mais inclusiva e representativa.

No entanto, o cenário atual aponta para um retrocesso preocupante: algumas das maiores empresas dos Estados Unidos, como Salesforce, BestBuy e Nordstrom, decidiram parar de divulgar metas e relatórios relacionados à diversidade e inclusão, conforme noticiado por sites como CNBN, Business Insider e, para uma leitura em português, o guia jornalístico The News. Esse movimento traz à tona uma série de inquietações sobre as consequências negativas que essa atitude pode gerar, especialmente para pessoas com deficiência, as quais serão abordadas abaixo.

A decisão de interromper a divulgação de metas de diversidade revela um desalinhamento entre o discurso e a prática, pois essas ações não são apenas ferramentas de atração, recrutamento e seleção de pessoas; elas representam um compromisso público com a construção de um ambiente mais equitativo e mais real, isto é, um reflexo da realidade diversa que existe em todas as outras esferas sociais.

Quando empresas deixam de executar essas ações e reportar esses dados, elas passam a mensagem de que a diversidade não é tão prioritária assim, e que pode ficar em segundo plano, sendo sacrificada por outras metas ou pressões externas que insistem em desvalorizar a necessidade de se ter uma cultura inclusiva. Portanto, isso não apenas diminui a transparência, mas também enfraquece a conexão de colaboradores e da sociedade em geral.

Em se tratando de pessoas com deficiência especificamente, essa mudança de postura das empresas pode destruir o pouco que já foi construído para esse público. Historicamente, pessoas com deficiência sempre enfrentaram barreiras significativas para ingressar e se manter no mercado de trabalho, desde preconceito (capacitismo), inseguranças, dificuldade na escolarização e desenvolvimento teórico, até falta de acessibilidade.

As metas de diversidade – que incluem políticas de contratação específicas, acompanhamento e desenvolvimento de colaboradores com deficiência, valorização de interseccionalidades, relatórios de progresso, dentre outros – são fundamentais para garantir que essas barreiras sejam combatidas, pois sem essas metas existe o risco de as ações de inclusão se tornarem cada vez menores e menos efetivas, levando novamente a um cenário de segregação, marginalização e exclusão de pessoas com deficiência no mercado de trabalho.

Além disso, o retrocesso nos compromissos com a diversidade pode impactar negativamente a cultura organizacional e o sentimento de pertencimento dos colaboradores. Para pessoas com deficiência, saber que suas necessidades são levadas a sério, que suas questões de acessibilidade são atendidas, que seu desenvolvimento é priorizado e que existem metas para melhorar sua inclusão independente de qual seja a função exercida na empresa é determinante para sua motivação, bem-estar e saúde mental preservados. Se essas metas deixam de ser apresentadas, pode-se gerar a impressão de que sua atuação na empresa é apenas tolerada, e não celebrada.

Outro ponto crítico de se reduzir a diversidade e/ou o registro de diversidade nas empresas é o impacto econômico. Diversos estudos atuais mostram que ambientes de trabalho mais diversos são mais lucrativos, que geram resultados mais assertivos e que têm ideias e estratégias mais inovadoras. A diminuição dessas iniciativas de diversidade e inclusão pode, portanto, acarretar em um declínio na competitividade das empresas. Para pessoas com deficiência, isso significa menos oportunidades de se desenvolverem profissionalmente e contribuírem com suas vivências e competências.

Em suma, a decisão de grandes empresas americanas de cessar a divulgação de metas em relatórios de diversidade tem inúmeras consequências profundas e negativas, especialmente para o público em questão. As metas de inclusão são mais do que números em relatórios; elas são compromissos públicos que moldam uma cultura e abrem espaço para ambientes de trabalho mais justos, mais reais, mais prazerosos e com mais equidade!

Renunciando a esses compromissos, as empresas enfraquecem sua atuação interna e externa, deixando de lado a oportunidade de desenvolver bons profissionais que, em paralelo, pertencem a marcadores sociais da diversidade. A longo prazo, isso pode significar um retorno ao passado de exclusão e de esquecimento de pautas sociais tão importantes, que estavam avançando pouco a pouco porém muito bem!

Edilayne Ribeiro 
ASID Brasil – 2024

Sobre a autora:

Edilayne Ribeiro é psicóloga, especialista em Neuropsicologia e mestra em Educação, membra da Comissão de Educação Inclusiva da Universidade Tuiuti do Paraná e palestrante nos temas pessoa com deficiência e sexualidade. Atualmente é Líder na ASID em Projetos de inclusão da pessoa com deficiência no mercado de trabalho.

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A ciência da inclusão #10 – Felipe Emílio Gruetzmacher

A ciência da inclusão #10 - Coluna de Felipe Emílio Gruetzmacher

O que falta para o mercado de trabalho incluir pessoas autistas?

Garantir a acessibilidade e a equidade no mercado de trabalho causa um impacto muito positivo para as pessoas com deficiência. Nesse sentido, este cenário requer adaptações e adequações específicas para receber pessoas autistas.

Uma das quebras de barreiras que deve acontecer é desfazer um mito muito persistente na mentalidade de algumas empresas. De acordo com o “Pequeno Guia para a inclusão de autistas no mercado de trabalho para organizações”, muitas pessoas acreditam erroneamente que pessoas autistas precisam sempre trabalhar em locais específicos. Eu sou um dos autores dessa cartilha, juntamente com Mariana Moreira Andrade e Ghael Henrique Leite.

Nós, os autores, desfazemos esse equívoco. Segundo nossa pesquisa presente na guia, é um erro acreditar que pessoas autistas apenas podem trabalhar em locais específicos. Pessoas autistas podem ter sucesso em uma variedade de ambientes de trabalho, desde que haja acessibilidade (universal e individualizada).

É imprescindível oferecer oportunidades e suporte adequado para que a pessoa alcance todo o potencial profissional dela.

Assim, há o termo hiperfoco: pessoas autistas podem focar intensamente em assuntos de interesses deles. O hiperfoco pode variar desde personagens de ficção até temas de natureza técnica.

Até mesmo existem casos de pessoas autistas com altas habilidades associadas com hiperfocos delas. Mesmo nesse caso, as organizações não devem explorar a pessoa autista, exigindo demandas excessivas e pressão. Habilidades devem ser valorizadas e nunca exploradas.

A partir desses insights e dessa problemática apresentada, cabe a pergunta: o que um homem autista com hiperfoco em trabalho pensa a respeito da nossa sociedade centrada em trabalho?

A magia da ficção científica como conexão entre inclusão e literatura

Eu, Felipe Emílio Gruetzmacher, escrevi um livro intitulado “O Relato de um Ciborgue” que tece críticas contundentes contra o excessivo trabalho em nossa sociedade.

Esse amor doentio por resultado a qualquer custo deve ser problematizado!

Cada capítulo é uma história independente, com começo, meio e fim. Apesar disso, todas as histórias vão girar em torno de um mesmo tema: uma tecnologia futurista que elimina a necessidade de dormir e descansar. Essa premissa abre espaço para pensar a nossa relação com o descanso e a nossa dedicação ao trabalho. Por conta disso, a premissa conversa diretamente com a aceitação e a inclusão de pessoas autistas no mercado, por exemplo.

O que me inspira a escrever sobre o tema é o fato de ser uma pessoa autista e fazer terapia. Em cada momento terapêutico, tive a oportunidade de lidar com questões relacionadas com o meu hiperfoco em trabalhar.

Repensar minha atitude em relação à profissão e às oportunidades para pessoas autistas no mercado me motivaram a escrever o livro. Quero causar um poderoso impacto no mundo com minha literatura.

Qual é a premissa do livro?

O meu livro “O Relato de um Ciborgue” traz breves contos de ficção científica sobre pessoas que não precisam mais dormir ou descansar. Elas usam uma sofisticada tecnologia para estar sempre em estado de alerta. Dessa forma, num mundo onde o sono se tornou coisa do passado, toda a rotina das pessoas é dedicada ao trabalho e à superação. 

Com essas histórias de ficção científica, planejo entregar uma reflexão crítica sobre o excesso de trabalho em nossa sociedade.

Essa crítica mais geral engloba uma variedade de assuntos como minha vida como pessoa autista, talento, propósito profissional, inclusão no mercado de trabalho, terapia, igualdade e equidade.

Com meu livro, quero atingir um público constituído por profissionais da área de psicopedagogia, psicologia, orientação de carreira, psiquiatria, pesquisa do tema autismo, empreendedorismo e área do RH.

Além de ser útil para pessoas com interesse em inclusão socioeconômica no geral.

Tem interesse na obra? Acesse o livro.

Que tal sonhar um um futuro melhor?

 A minha ficção científica funciona bem mais do que uma crítica e uma reflexão aprofundada sobre o papel do trabalho na sociedade.

Quero estimular meu público leitor a desenvolver uma visão crítica sobre a própria ciência. Até porque uma das funções da ficção científica é problematizar a relação entre ciência, sociedade e progresso.

A ficção científica, apesar do caráter ficcional, tem um jeito próprio de falar sobre o conhecimento científico. Ela combina um aspecto didático com um exame cuidadoso sobre muitas questões incômodas presentes na nossa vida social.

Assim, cada capítulo do livro é acompanhado de fundamentação acadêmica para que minha literatura possa ganhar profundidade.

Ou seja: além de apresentar narrativas ficcionais, acrescento uma conclusão no final de cada capítulo com base na ciência. Espero que minha literatura ative sua esperança num mundo melhor!

 

Sobre o autor:

Felipe Gruetzmacher é um escritor que acredita muito no potencial de combinar ciência, esforços empresariais e projetos sociais. Tem interesse em estudar como essas três partes podem colaborar entre si. Se você é algum empresário, organização do terceiro setor ou cientista e quer cocriar conosco, deixe seu comentário!

 

Sobre a ASID Brasil:

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Jornada de Impacto: curso gratuito já profissionalizou mais de 250 pessoas com deficiência para o mercado de trabalho no Brasil

Informações sobre o curso Jornada de Impacto
Informações sobre o curso Jornada de Impacto

Jornada de Impacto: curso gratuito já profissionalizou mais de 250 pessoas com deficiência para o mercado de trabalho no Brasil

Apoiado pela ASID Brasil e Fundação Cargill, o curso está com 45 vagas abertas no Mato Grosso, Paraná e São Paulo

Com o sonho de construir um mundo melhor, Felipe Emílio Gruetzmacher, tem o sonho de ser escritor e gerar transformação por meio das palavras. Ele é um homem autista de 35 anos, que já enfrentou diversos desafios na sua vida. Entre eles estão coisas simples, como, por exemplo, fazer amizades, pois nem sempre as pessoas estão prontas ou preparadas para lidar com o seu jeito. Trabalhar na área de marketing é uma de suas maiores paixões, embora também seja um grande desafio, já que as pessoas muitas vezes não entendem seu hiperfoco na área. 

“Eu não me interesso muito por  atividades que não sejam ligadas diretamente ao meu trabalho, como assistir a um filme, por exemplo”, afirma Felipe, que é formado em gestão ambiental. Quando se formou, encontrar trabalho não foi uma tarefa fácil, então ele decidiu empreender. Não sendo diferente, abrir um negócio também foi um desafio.

A sua trajetória empreendedora lhe ensinou valiosos aprendizados sobre marketing. Atualmente, ele trabalha na ASID Brasil como Assistente de Mídias, e afirma que a importância de participar de cursos de gestão de carreiras é importante, pois é possível poupar tempo e dinheiro, além de contar com o apoio de especialistas e professores preparados para acelerar carreiras de pessoas com deficiência.

Jornada de Impacto faz parte das ações da ASID Brasil

A ASID Brasil é uma plataforma de soluções para inclusão socioeconômica da pessoa com deficiência. Por meio de suas ações, idealiza, executa e dissemina projetos de desenvolvimento social em todo território nacional. Suas soluções criam oportunidades para pessoas com deficiência e seu núcleo familiar, além de incentivar novas tecnologias sociais. Felipe é uma dessas pessoas.

O objetivo do Jornada de Impacto é desenvolver uma trilha de inclusão, qualificando pessoas com deficiência tanto no âmbito técnico quanto no comportamental, para que estejam mais aptas a dar os próximos passos e gerir suas carreiras. Em paralelo, o projeto sensibiliza lideranças e equipes para receber e investir no desenvolvimento desses colaboradores. Com isso, o projeto promove as empresas e a comunidade, de forma acessível.

“A ASID é um ponto de conexão entre o terceiro setor, empresas e pessoas. Geramos oportunidades e conectamos empresas com pessoas com deficiência”, destaca Caroline Ferronato, diretora de projetos da ASID Brasil.

 

Vagas abertas para novas formações

Com o objetivo de impactar a vida de pessoas com deficiência e oferecer desenvolvimento pessoal e profissional, o Jornada de Impacto, organizado pela ASID Brasil, nesta edição, com a parceria da Fundação Cargill e Rede IN (rede de inclusão e diversidade da Cargill com a missão de suportar os princípios éticos da Cargill na promoção de um ambiente de trabalho inclusivo e diverso, onde pessoas com diferentes habilidades tenham oportunidade de alcançar alto desempenho), está com 45 vagas abertas para os municípios de Quatro Pontes e região (PR), Primavera do Leste (MT) e São Paulo (SP). O programa já desenvolveu mais de 250 pessoas e, neste ano, vai acontecer de forma presencial, uma vez por semana, entre os meses de agosto e dezembro.

Em cada região, serão selecionadas 15 pessoas com deficiência, que podem se inscrever por meio do formulário on-line até o dia 16 de agosto, às 12h. O curso possui 84 horas de formação e será dividido em 2 módulos: o primeiro comportamental, com aulas sobre  autoconhecimento; inteligência emocional; comunicação efetiva; português corporativo e matemática e raciocínio lógico; e o segundo módulo, técnico, focado em informática e pacote office.

“Apoiar iniciativas que buscam fortalecer a qualificação de pessoas de grupos sub-representados é fundamental para mudar realidades. Seguimos com a visão de transformar as comunidades por meio da valorização de iniciativas que promovam inclusão, equidade e inovação”, destaca Flávia Tayama, diretora presidente da Fundação Cargill.

Os participantes ainda terão a oportunidade de ter a criação de um Plano de Desenvolvimento de Carreira (PDP) para traçar seus objetivos profissionais; criação de currículo e simulação de entrevistas; apresentação de currículo ao encerramento do curso para empresas parceiras da ASID Brasil e um padrinho ou madrinha (colaborador ou colaboradora Cargill) para apoio e conexão (networking).

Para participar, é necessário ter 16 anos ou mais, ser uma pessoa com deficiência auditiva, física, intelectual, visual, psicossocial ou com TEA (transtorno do espectro autista). Além disso é imprescindível ser alfabetizado (desejável ensino médio completo ou em andamento). Para mais informações sobre inscrições gratuitas, horários e locais das aulas, acesse o botão abaixo:

Sobre a ASID Brasil

A ASID Brasil é uma plataforma de soluções para inclusão socioeconômica da pessoa com deficiência. Idealiza, executa e dissemina soluções de desenvolvimento social em todo território nacional. Suas soluções criam oportunidades para pessoas com deficiência e seu núcleo familiar, além de incentivar novas tecnologias sociais. Atua desde 2010 com 120.000 pessoas impactadas e mais de 8 mil voluntários, a ASID Brasil conta com reconhecimentos nacionais e internacionais como Melhores ONGs Época, United People Global, e o Prêmio Viva Idea como melhor solução de impacto coletivo da América Latina. Mais informações: https://www.asidbrasil.org.br

Sobre a Fundação Cargill

A Fundação Cargill atua na missão de promover a prosperidade das comunidades, fortalecendo sistemas alimentares seguros, sustentáveis e acessíveis, por meio de iniciativas que promovam a inclusão, equidade e inovação. Com uma rede formada por voluntários, parceiros, entidades congêneres, instituições e organizações da sociedade civil, beneficiando anualmente milhares de pessoas em todo o Brasil, em localidades com presença da Cargill. Mais informações: https://fundacaocargill.org.br/

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A ciência da inclusão #09 – Felipe Emílio Gruetzmacher

A ciência da inclusão #09 - Coluna de Felipe Emílio Gruetzmacher

Qual é a sua atitude em relação à inclusão?

Você é uma pessoa de atitude? O que a psicologia diz a respeito de “atitude”? A coluna de Julho define o conceito de atitude segundo as principais ideias do capítulo 4 do livro “Psicologia Social: Temas e Teorias” dos autores Tiago Jessé Souza de Lima, Luana Elayne Cunha de Souza e João Gabriel Modesto.

O grande objetivo é exemplificar esse termo para refletir a respeito de uma cultura empresarial voltada para a inclusão de pessoas com deficiência.

Afinal, times com atitudes positivas e inclusivas acolhem a diversidade!

O que a ciência diz sobre atitudes?

De acordo com a psicologia social, atitude é diferente de comportamento. As atitudes englobam opiniões, pensamentos e intenção comportamental. Ou seja: falar em atitudes é dialogar sobre gostos e desgostos. Elas influenciam a forma como entendemos o mundo.

Assim, possuir uma atitude significa tomar uma decisão de gostar ou não gostar, favorecer ou desfavorecer um assunto.

São avaliações gerais e duradouras que fazemos sobre um tema.

A atitude tem as seguintes dimensões:

  • valência: uma atitude pode ser favorável (positiva), desfavorável (negativa) ou neutras.

     

  • intensidade: o quanto a sua atitude difere da neutralidade.

Por exemplo: uma pessoa com uma atitude desfavorável e moderada em relação a fazer tatuagem.

  • bases subjacentes da atitude: Uma atitude pode ser baseada em:

    – cognição (por exemplo: avaliar positivamente um carro porque ele é mais econômico);

     

    – emoção (por exemplo: não gostar de aranhas por sentir medo);

     

    – comportamento passado (por exemplo: ter uma atitude positiva em relação a exercícios porque ele já trouxe benefícios para a saúde no passado).

     

  • Força: a força de uma atitude pode variar de acordo com persistência e estabilidade ao longo do tempo.

    Por exemplo: uma pessoa com uma atitude muito forte e que resiste às tentativas de persuasão.

     

    De acordo com a perspectiva unidimensional, as pessoas têm atitudes que se encaixam em uma avaliação “neutra”, “positiva” ou “negativa”. Assim, uma pessoa que tivesse sentimentos, crenças e comportamentos positivos sobre um time de futebol não poderia ter sentimentos, crenças e comportamentos negativos sobre esse mesmo time.

    Por outro lado, a perspectiva bidimensional afirma que a pessoa pode ter uma combinação de crenças, afetos e comportamentos positivos e negativos sobre um mesmo assunto.

    Por exemplo: uma pessoa pode ter crenças positivas sobre doar sangue e considerá-lo como um comportamento altruísta e benéfico. Essa mesma pessoa pode manter emoções negativas em relação à doar sangue pelo medo de agulhas.

Como esse conhecimento acadêmico pode ser aplicado na inclusão socioeconômica?

Cabe a reflexão: como a classe empresarial pode estimular atitudes positivas quanto à inclusão de pessoas com deficiência em ambientes de trabalho?

Qual é o papel do terceiro setor em difundir a necessidade de acolher a diversidade?

Afinal, organizações sociais que estimulam empresas a incluírem talentos diversos precisam saber como abordar o tema com esses mesmos empreendimentos.

Iniciar a abordagem e as negociações para verificar se o empresariado tem uma atitude bastante positiva (valência e intensidade) em relação à inclusão facilita a comunicação e a execução de projetos. Além disso, o terceiro setor deve saber avaliar se o empresariado está mais propenso a incluir talentos diversos por uma questão cognitiva (por exemplo: diversidade trazendo maior desempenho) ou emocional (incluir por uma questão ética e propósito empresarial). Definir a força é outro aspecto importante: assim, o terceiro setor consegue identificar se o empresariado têm atitudes duradouras e positivas sobre a inclusão, o que ajuda na abordagem.

Esse conhecimento tem implicações e utilidades no marketing e apresentações de ações do terceiro setor. Dessa forma, pitches relatando sobre um projeto de impacto poderão enfatizar os problemas enfrentados pelas pessoas com deficiência. Esse fato faz com que empresas “comprem” a ideia da organização social com maior facilidade.

Podemos citar o exemplo do projeto Jornada de Impacto: empresas só investem nessa solução se tiverem uma forte predisposição para construir um mundo mais inclusivo.

Referências:

TORRES, Ana Raquel Rosas; LIMA, Marcus Eugênio Oliveira; TECHIO, Elza Maria; CAMINO, Leoncio. Psicologia social : temas e teorias. 3. ed. São Paulo : Blucher, 2023.

https://dspace.unisa.br/items/70f385fe-2783-4bbc-89db-ec4586ff96a4

Sobre o autor:

Felipe Gruetzmacher é um escritor que acredita muito no potencial de combinar ciência, esforços empresariais e projetos sociais. Tem interesse em estudar como essas três partes podem colaborar entre si. Se você é algum empresário, organização do terceiro setor ou cientista e quer cocriar conosco, deixe seu comentário!

 

Sobre a ASID Brasil:

A ASID Brasil é uma ONG que promove a inclusão socioeconômica da população com deficiência.Somos agentes empreendedores que alcançam a excelência realizando mudanças sociais movido a metodologias, estudos e inteligência plural.

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Inovação Social #09 – Coluna de Leonardo Mesquita

Inovação Social #09 - Coluna de Leonardo Mesquita

Governança e credibilidade para OSCs

A reflexão que trago nesta edição é baseada em uma atividade de assessoramento realizada com uma organização parceira. Na ocasião, recebemos o Leandro Marins de Souza, advogado especialista em terceiro setor na Marins de Souza Advogados, para um bate-papo sobre aspectos jurídicos para OSC. Ele nos trouxe algumas contextualizações sobre o tema, mas, principalmente, sobre a importância de uma boa estrutura de governança para se construir uma marca de credibilidade.

Uma boa governança é fundamental para uma organização responsável. É importante que as lideranças de uma OSC estejam atentas a sua estrutura organizacional, à gestão de riscos, transparência e prestação de contas. Com uma boa governança, a organização fortalece a sua imagem perante a comunidade, conquistando a confiança de seus parceiros.

Um dos pilares desse processo é o estatuto de uma organização social. Ele é o documento que rege o funcionamento da organização, definindo seus objetivos, direitos e deveres dos membros, regras de funcionamento, etc. É a “primeira lei” da organização, sendo fundamental para sua existência e atuação.

Por que o estatuto é importante?

  • Define o que a organização pode e não pode fazer, inclusive para captar recursos públicos ou privados.
  • Estabelece os princípios de governança da organização, como transparência, controle social e gestão democrática.
  • Permite que a organização se alinhe às leis e normas que regem sua área de atuação.
  • Serve como base para a tomada de decisões e a resolução de conflitos internos.

Pontos chave:

  • O estatuto bem elaborado é fundamental para abrir portas para diversas oportunidades.
  • Transparência e comunicação clara com parceiras são essenciais para construir relacionamentos de confiança.
  • A captação de recursos por meio do relacionamento com empresas ou entes públicos oferece diversas possibilidades para organizações sociais.

A governança se refere ao conjunto de princípios, mecanismos e práticas que garantem a condução justa, transparente e responsável de uma organização. Ela abrange diversos aspectos, desde a definição clara de objetivos e valores até a implementação de controles internos eficazes e a prestação de contas consistente.

Boas práticas de Governança:

  • Governança forte com controles robustos e um estatuto bem elaborado reduz o risco para órgão públicos, empresas ou pessoas parceiras.
  • Demonstrações contábeis transparentes, especialmente no site da organização, e comunicação clara com as partes interessadas são essenciais.
  • A governança vai além do estatuto, abrangendo relatórios, transparência e relacionamento com parceiras.

Por fim, cabe ressaltar que contar com um material de consulta reforça o conhecimento jurídico das organizações e instituições. Assim, o acesso a aspectos jurídicos amplia a credibilidade e o impacto social de projetos.

Sobre o autor:

Leonardo Mesquita é especialista em Gestão de Projetos Sociais e certificado em Lideranças de Inovações Sociais. Graduado em Engenharia de Computação e há 7 anos atua na ASID Brasil, liderando articulações de comunidades e processos de inovação social dentro da causa da pessoa com deficiência. Já esteve envolvido na coordenação de programas de voluntariado. Léo escreve sobre inovação social, ODS e como conectamos essas pautas com a causa da pessoa com deficiência.

 

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Diversidade e Literatura #09 – Coluna de Edilayne Ribeiro

Diversidade e Literatura #09 - Coluna de Edilayne Ribeiro

Quando pais ou cuidadores de pessoas com deficiência envelhecem... O que fazer?

No último texto, você pôde conhecer mais sobre o processo de envelhecimento de pessoas com deficiência. Lá, eu trouxe as 4 dimensões do envelhecer, e como elas são particularmente aplicadas à realidade de pessoas com deficiência; levantei também algumas propostas para contornar os desafios que cada dimensão traz, e como buscarmos sempre uma realidade mais segura, acessível e inclusiva para esse público.

Neste texto, continuaremos a reflexão do envelhecimento, mas agora pela perspectiva dos pais ou cuidadores de pessoas com deficiência. Aqui, quando eu falar “pais ou cuidadores”, estarei me referindo à mãe ou ao pai, à tia ou ao tio, à avó ou ao avô, à tutora ou ao tutor, ou qualquer outra pessoa que seja legalmente responsável por uma pessoa com deficiência, podendo ser também um vizinho ou amigo.

O processo de envelhecimento dos pais ou cuidadores de pessoas com deficiência também abrange as dimensões mencionadas no texto anterior: questões biológicas e de saúde crônica podem ficar mais evidentes; o cansaço e a exaustão estão mais presentes; também pode haver isolamento social, negligência e dificuldades financeiras que comprometem a rotina dessa família; preocupações com o futuro – tanto o próprio quanto o de sua filha ou filho com deficiência – começam a ser mais comuns; mudanças na dinâmica ou no papel familiar podem acontecer em decorrência da idade; dentre vários outros.

Essas mudanças se agravam, em geral, porque raramente se faz um bom planejamento de futuro enquanto ainda há tempo, isto é, pensar sobre o que vai acontecer a médio e longo prazo não é um costume que temos, e isso compromete a criação de alternativas para amparar o que ainda está por vir.

Pensar sobre o futuro causa muita insegurança e incerteza, mas isso não isenta de frequentemente esses pais ou cuidadores pensarem “o que vai ser da minha filha ou do meu filho com deficiência depois que eu partir?”. O envelhecimento de um pai, mãe ou cuidador gera esse questionamento porque nem sempre existe outra pessoa que poderia cuidar ou cuidaria tão bem de seu filho, e se não for um questionamento trabalhado em vida, pode causar dificuldades aumentadas quando isso se tornar realidade.

Pais ou cuidadores de pessoas com deficiência geralmente têm uma rotina muito específica em termos de atividades em que a pessoa participa ou necessidades e cuidados que a pessoa precisa, e raramente há uma rede de outras pessoas envolvidas em auxiliar nessa rotina ou, pelo menos, saber do que se trata. Para mitigar essa realidade, faz-se imprescindível ter um planejamento muito bem documentado com o nome e contato das principais pessoas envolvidas na vida dessa filha ou filho com deficiência (como médicos, psicoterapeutas, professores, etc); suas principais habilidades, interesses e outras características de sua personalidade; atividades que realiza no dia-a-dia ou que gostaria de realizar; questões de espiritualidade (essa família tem uma religião? Costuma frequentar algum local ou ter algum ritual que é importante de ser mantido?); e vários outros aspectos.

Além dessa documentação, também é fundamental pensar nas pessoas ao redor que exercem um papel mais íntimo, de troca e participação, nessa rotina. Analisar quem são pessoas-chave a contribuir na realidade da pessoa com deficiência ajuda a fortalecer laços, criar novas rotinas sociais e ampliar o contato em contextos diferentes (como vizinhança ou algum serviço da cidade), mas também ajuda a avaliar se nosso entorno está equilibrado, ou seja, se estamos tendo uma mesma quantidade de pessoas que nos fornecem serviços, ou que são nossas amigas mais próximas, ou que são somente da família. Muitas vezes, na realidade de pessoas com deficiência, o número de pessoas que fornecem serviços é infinitamente maior do que as amizades, por exemplo, o que pode comprometer o desenvolvimento sociocultural da pessoa.

Para finalizar estas reflexões, devo pontuar que o papel da sociedade também é essencial no envelhecimento de pais ou cuidadores de pessoas com deficiência, ou para as próprias pessoas com deficiência. É nosso dever promover acessibilidade e segurança para esse público; incentivar cada vez mais serviços de educação e saúde, mas também pensar no lazer e na cultura de um público que geralmente é negligenciado nessas questões; e fortalecer iniciativas de letramento, sensibilizações e outras formas de disseminar conteúdos que possam preparar e apoiar essas famílias.

O envelhecimento dos pais ou cuidadores de pessoas com deficiência é uma realidade que exige atenção, acolhimento e ação proativa. Ao criar estratégias como as mencionadas nos parágrafos anteriores e fortalecer redes de apoio de todos os tipos, estamos apoiando essas famílias a enfrentar o futuro com mais confiança e menos medo, garantindo que ambos possam continuar a viver vidas com mais qualidade! Encorajar pais ou cuidadores a buscar apoio, a dialogar abertamente sobre seus medos e a participar de iniciativas voltadas para o planejamento e suporte ao envelhecimento é fundamental para que isso seja alcançado sem ignorar a realidade em que eles vivem e a continuidade de seus objetivos! A ASID busca trabalhar essa realidade em metodologias como o ASAS, que você pode conhecer mais clicando aqui

Edilayne Ribeiro 
ASID Brasil – 2023

Sobre a autora:

Edilayne Ribeiro é psicóloga, especialista em Neuropsicologia e mestra em Educação, membra da Comissão de Educação Inclusiva da Universidade Tuiuti do Paraná e palestrante nos temas pessoa com deficiência e sexualidade. Atualmente é Líder na ASID em Projetos de inclusão da pessoa com deficiência no mercado de trabalho.

Sobre a ASID Brasil:

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Responda a pesquisa “Oportunidades Especiais” e construa uma Curitiba inclusiva

Marca do projeto Oportunidades Especiais
Marca do projeto Oportunidades Especiais

Responda a pesquisa "Oportunidades Especiais" e construa uma Curitiba inclusiva

O projeto Oportunidades Especiais está mapeando necessidades e demandas de crianças e adolescentes com deficiência da cidade de Curitiba. 

O objetivo é muito mais do que somente conhecer a realidade do público com deficiência. 

Esses dados mapeados serão enviados para o poder público de Curitiba. Assim, vamos todos conectar o contexto da pessoa com deficiência com os serviços públicos.

Quem pode responder a pesquisa?

Mãe, pais ou responsáveis por pessoas com deficiência podem fornecer respostas para a nossa equipe ASID.

O questionário é fácil, muito intuitivo e rápido de responder. Com isso, você estará auxiliando na construção de uma Curitiba mais inclusiva e com maior qualidade de vida.

Acesse a pesquisa aqui.

Quem pode responder a pesquisa?

Todas as ações da ASID Brasil enquanto inteligência coletiva se baseiam em dados e num contato direto com partes interessadas na inclusão.

Portanto, nós ativamos o poder da rede e das conexões com o Poder Público para motivar a mudança.

Nosso público é plural e exige soluções sob medida e bem específicas. Priorizamos a proximidade e o diálogo!  As necessidades e as demandas do nosso público estão em evolução e mudança constante. Em função disso, a ASID Brasil está sempre procurando conversar com nosso público para conhecer as diversas realidades das pessoas com deficiência.

Qual é a transformação social ativada pela pesquisa?

Queremos provocar a mudança na vida das pessoas! Examinar constantemente as necessidades e demandas do nosso público significa colaborar para aperfeiçoar soluções sociais. 

Afinal, toda a boa solução é uma cocriação baseada em critérios técnicos e muito profissionalismo.

Entender o posicionamento e o lugar de fala do público alvo das soluções de impacto é uma atitude comprometida com a inclusão socioeconômica.

Uma escuta ativa e empática é imprescindível no trabalho do terceiro setor em atuar de forma coletiva para diagnosticar as necessidades das partes interessadas.

Invista em cidadania! Invista nestas Oportunidades Especiais.

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Confira como o livro “Além das Limitações” impactou vidas!

Exemplares do livro "Além das Limitações"
Exemplares do livro "Além das Limitações"

Confira como o livro “Além das Limitações” impactou vidas!

Um bom livro sempre alcança corações e mentes! Narrar boas histórias proporciona novas ideias e novas perspectivas sobre inclusão. Assim, o livro “Além das Limitações: Uma Jornada pela História da Deficiência e a Sociedade do Cuidado” enfatiza a jornada das pessoas com deficiência ao longo do tempo e cita relevantes contribuições delas para a humanidade.

As autoras e historiadoras Pérola Sanfelice e Daniele Shorne de Souza nos presenteiam com muita sabedoria literária e informações históricas. Essas ideias semeadas através da literatura geraram muitos bons frutos! Até porque a ASID Brasil difundiu esses insights de um jeito bem memorável e estratégico.

Uma literatura envolvente e apaixonante!

A ASID Brasil em parceria com o NMC (Núcleo de Mídia e Conhecimento) realizou palestras sobre a obra “Além das Limitações” para reforçar nosso posicionamento e compromisso com a inclusão.

Assim, nossa equipe Asider atendeu um público bem diversificado constituído por professores e alunos de nível escolar e universitário, comunidade escolar e profissionais da assistência social.

Nosso discurso é firme e muito alinhado com a causa da pessoa com deficiência! Por isso, combinar literatura com palestra amplia o alcance e a profundidade do impacto social.

Atendemos o público de Curitiba de modo presencial. Além disso, usamos o formato online para atender outras localidades brasileiras. Por fim, transformamos a vida de 1.325 pessoas com muita informação, palestras e literatura.

Novas estratégias para alcançar o coração das pessoas!

A ASID Brasil investe muito em inclusão e acessibilidade!

O livro Além das Limitações está disponível no Spotify para atingir muito mais vidas. 

Acesse a versão em áudio clicando no botão abaixo:

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O que o aniversário da ASID Brasil representa para a inclusão?

Três mulheres da equipe da ASID se abraçando e vestindo chapeuzinhos de festa.
Três mulheres da equipe da ASID se abraçando e vestindo chapeuzinhos de festa.

O que o aniversário da ASID Brasil representa para a inclusão?

A ASID Brasil completou 14 anos no dia 01/07/2024! Esta jornada empreendedora foi repleta de desafios, muita garra, foco e determinação.

A própria criação da ASID Brasil está muito associada com a inclusão de pessoas com deficiência.

Essa criação foi motivada por um contexto familiar: Laura, irmã de um dos fundadores, Alexandre, nasceu com síndrome de Down e transtorno do espectro autista.

Laura, então, foi uma das inspirações para Alexandre Amorim, Luiz Hamilton Ribas e Diego Tutumi Moreira iniciaram o projeto ASID em 2010. Logo, o comprometimento e o compromisso com a causa da inclusão já esteve no DNA inovador da ASID Brasil desde o começo!

Esses 14 anos significam muitas coisas:

 

  • o esforço em colocar a jornada da pessoa com deficiência em primeiro lugar e em evidência;
  • ativar uma potente escuta ativa para contemplar o lugar de fala de todas as pessoas;
  • trazer a mudança na vida das pessoas e das empresas através dos negócios sociais.

A evolução do modelo empreendedor social

O jeito ASID foi sofrendo adaptações e melhorias ao longo dos anos para melhor impactar a vida dos participantes do nossos projetos sociais. Colocamos narrativas em primeiro plano sem nunca esquecer as particularidades e as especificidades de cada situação atendida.

A ASID Brasil mostra que é possível que organizações empresariais investirem em projetos sociais para conquistar credibilidade e significância no ecossistema de inovação social!

Dessa forma, a ASID se posiciona como:

  1. Uma organização aliada da pessoa com deficiência;

  2. Inteligência coletiva;

  3. Especialista em soluções do terceiro setor.

Essas três posturas são complementares e servem para ampliar o alcance e a profundidade do nosso trabalho.

Soluções memoráveis para transformar a vida do nosso público

Com a maturação e o desenvolvimento do nosso modelo ASID, nossa equipe validou, consolidou e aperfeiçoou soluções como:

a) A Solução ASAS auxilia pessoas com deficiência a conquistar maior autonomia e uma vida de mais qualidade. Assim, a ASID promove o desenvolvimento de um plano centrado no perfil, nas habilidades e potencialidades da pessoa com deficiência.

b) A Solução Mais Educação oferece sensibilização de lideranças escolares, critérios técnicos e metodologias apropriadas para fomentar a inclusão de pessoas com deficiência no ensino regular.

c) Já a Solução Empreenda fomenta o empreendedorismo das pessoas com deficiência e familiares.

d) A Jornada de Impacto apoia a formação de pessoas com deficiência em nível técnico e comportamental de forma acessível. O propósito é fomentar o protagonismo da diversidade em se tratando de gerir a própria carreira, assim como promover o desenvolvimento territorial e interno das empresas.

Além das soluções, temos as comunidades:

  1. Conexões: promove a articulação de profissionais e lideranças de negócios sociais de todo o Brasil.

  2. Empreenda: oferta de suporte para pessoas empreendedoras com deficiência e seus familiares.

  3. ASAS: com a missão de fortalecer redes de suporte e planos de vida centrados nos interesses e rotina das pessoas com deficiência;

  4. Clube do Emprego: compartilhamento de oportunidades de trabalho.

Todas essas estratégias, soluções e investimentos em comunidade agregam visibilidade para a inclusão socioeconômica. Esses 14 anos da ASID Brasil ativaram suas esperanças em um amanhã sem barreiras?

Entre em contato com a  ASID e conheça nossos projetos.

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