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A ciência da inclusão #07 - Coluna de Felipe Gruetzmacher

O que o dia do trabalhador significa para a inclusão e a ASID Brasil?

Vamos viajar para o passado? O artigo de Maio vai entregar rápidos insights do texto “Trabalho: a categoria-chave da sociologia” publicado em 1986 por Claus Offe.

Esse resumo do texto escrito em 1986 servirá como inspiração para criar perguntas e entrevistar a Asider Isabela Jardim Bonet. Assim, será possível comparar as teorias do passado com as opiniões e a experiência do presente momento. 

Os objetivos são:

  • conhecer as percepções dos Asiders sobre o tema “trabalho”;
  • validar ou não se o conhecimento sociológico de outras épocas cabe no nosso contexto histórico;
  • conectar o tema “dia do trabalhador” com “inclusão de pessoas com deficiência”;
  • reforçar o posicionamento e o compromisso da ASID Brasil com impacto social.

Segue algumas ideias do texto “Trabalho: a categoria-chave da sociologia”

 

  • O texto questiona se o trabalho perdeu sua posição de destaque na vida das pessoas;
  • Uma parcela de tempo da vida de uma pessoa dedicada à vida fora do trabalho reforçaria que o trabalho é somente uma preocupação como outra qualquer, sem o destaque central como antes.
  • Bens de consumo, a renda e a compra conseguem trazer felicidade e significado para a vida de uma pessoa até certo ponto. Autonomia, auto-estima, harmonia familiar, lazer livre de tensões e amizades parecem contribuir bem mais para a satisfação existencial. Esse fato parece desencorajar o trabalho voltado exclusivamente para o acúmulo e consumo.

Análise ASID sobre essas ideias sociológicas do passado

    • O trabalho no terceiro setor é uma atuação voltada para o impacto social. Pode esse tipo de trabalho gerar mais felicidade?

    Eu acredito que é possível ter felicidade no trabalho independente da área de atuação e cada indivíduo e empresas tem seu conjunto de fatores chave que vão levar a sensação de satisfação e felicidade no trabalho.

    Mas não posso deixar de afirmar que também acredito que a atuação na área de impacto social tem seus diferenciais, sim.

    Pra mim, trabalhar com impacto social gera uma motivação e satisfação de longo prazo com o trabalho, pois o que se faz e porque se faz é muito fácil de compreender, de fazer sentido e desperta uma rápida conexão com “querer fazer aquela função”.

    Os resultados do trabalho (as famosas metas, conquistas) também são diferentes de várias outras profissões. No fim das contas, não são compostos apenas por números, mas por mudanças positivas na vida das pessoas. E isso, sim, deve trazer uma felicidade diferente dos outros ofícios.



    • Como equilibrar a realização profissional gerada pelo trabalho com propósito com a felicidade fora do trabalho? 

    O conceito da “roda da vida” pode nos ajudar nessa pergunta. 

    Nossa vida tem muitas “frentes” – nosso lazer, nosso autocuidado, nossos relacionamentos, o trabalho, nossa família e etc.

    É um grande desafio equilibrar tudo isso, não é mesmo? Mas não cair em extremos, na minha opinião, é a resposta.

    Pensando como indivíduo, eu acredito que é saudável buscar a maturidade em relação ao trabalho e a sensação de estar preparado para a função – isso pode ajudar que a jornada profissional seja saudável. É importante também que o trabalho não seja o único foco da sua vida. A felicidade fora do trabalho pode se dar com autoconhecimento e realização do que gosta de fazer – um esporte, um hobby, rotina com amigos, proximidade com a natureza. Enfim, o que combinar com você e isso precisa ser um compromisso inadiável. 






    • O foco extremo no trabalho pode ser um obstáculo para a felicidade de uma pessoa. 

    Como os projetos ASID Brasil de inclusão socioeconômica podem apoiar pessoas com deficiência a conquistar o equilíbrio entre trabalho e vida pessoal?


    Os projetos da ASID que apoiam empreendedores com deficiência na sua jornada de trabalho tem incluído em seu escopo o suporte de psicólogos e atividades de autoconhecimento justamente para contribuir com a inclusão saudável no ecossistema empreendedor.

    Os projetos que fomentam a inclusão em empresas também têm estratégias interessantes como o fomento de conversas entre pessoas com deficiência que estão no mercado de trabalho com os participantes que buscam um emprego, a fim de compartilhar aprendizados, conselhos e exemplos positivos de carreira profissional.

    Referências:

     

    OFFE, Claus. Trabalho: a categoria-chave da sociologia? RBCS: Revista Brasileira de Ciências Sociais, São Paulo, USP, v. 4, n. 10, p. 6-20, 1989.

Agradeço especialmente a CEO da ASID Brasil Isabela Jardim Bonet por conceder a entrevista.

Felipe Emilio Gruetzmacher 
ASID Brasil – 2024

Sobre o autor:

Felipe Gruetzmacher é um escritor que acredita muito no potencial de combinar ciência, esforços empresariais e projetos sociais. Tem interesse em estudar como essas três partes podem colaborar entre si.
Se você é algum empresário, organização do terceiro setor ou cientista e quer cocriar conosco, deixe seu comentário!

 

Sobre a ASID Brasil:

A ASID Brasil é uma ONG que promove a inclusão socioeconômica da população com deficiência. Somos agentes empreendedores que alcançam a excelência realizando mudanças sociais movido a metodologias, estudos e inteligência plural.

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