O mês de abril é uma importante data para a inclusão e diversidade, já que o dia 2 de abril é considerado o Dia Mundial de Conscientização do Autismo. Com isso, temos a oportunidade de refletir sobre essa pauta e compreender como avançar em nossas atitudes inclusivas.
Percebo que a pauta do autismo vem ganhando muita força nos últimos anos. Desenvolvimento de metodologias, pesquisas, maior disponibilidade e acesso a diagnósticos, além de uma forte mobilização da população por garantia de direitos são possíveis fatores que devemos considerar.
Neste mês, recebemos o convite para assistir ao ciclo de palestras do II Simpósio de Autismo, realizado em Curitiba/PR e promovido pelo Sesc Paraná em parceria com a Universidade Livre do Esporte. A ULE é parceira da Comunidade Conexões.
O Simpósio de Autismo, nesta edição de 2024, tinha como objetivo trazer reflexões sobre a inclusão de maneira multidisciplinar. O primeiro tema a ser abordado foi TEA na Vida Adulta, facilitado por Mara Aguila, Psicóloga e Psicopedagoga, Doutoranda em Educação pela Universidade Nacional de Rosário.
Mara faz uma introdução sobre o TEA e sobre as mudanças metodológicas ao longo dos últimos anos. Essa é uma das hipóteses para compreendermos o recente aumento do número de diagnósticos. Importantes atualizações foram feitas a partir de 2014, como a expansão de critérios e maior conscientização de profissionais.
Mara comenta também sobre a importância de uma abordagem multidisciplinar no diagnóstico do TEA e cita que é necessário uma maior compreensão do transtorno na vida adulta.
O evento trouxe também o Dr. Salmo Raskin para abordar o tema Genética do Autismo. Salmo fez uma introdução sobre a genética para auxiliar na compreensão do tema na perspectiva do autismo. Comentou sobre as pesquisas que trazem a hipótese de um forte componente genético no transtorno de espectro autista e que essas pesquisas vêm avançando e trazendo novas compreensões sobre o tema. O Dr. Salmo reforça a ideia de que há “vários autismos” e que demandam por vários métodos de trabalho.
A Comunicação Assertiva também foi um tema explorado no Simpósio. Liziane Krieger, Psicopedagoga especialista em TEA, comentou sobre a importância de uma comunicação assertiva onde possamos ouvir o outro, controlar as emoções, cuidar das ações, atitudes e comportamentos e a necessidade de sermos claros ao transmitir informações. Liziane comenta sobre um aumento do número de matrículas na educação especial, segundo o Censo Escolar 2022 e reforça que não há uma metodologia ou técnica salvadora. Sugere também que apenas um laudo médico não deve definir uma conduta pedagógica. Devemos dar atenção para a função social e construtiva da escola.
Seguindo com a perspectiva educacional, Nathalie Baril, Psicóloga e Pedagoga, Mestra em Educação, compartilha boas práticas para incluir crianças com TEA nas escolas. Entre as várias práticas compartilhadas, comenta sobre:
O Simpósio traz ainda a apresentação do Método PULE, uma metodologia própria da Universidade Livre dos Esporte para uma inclusão multidisciplinar. O conteúdo deste evento pode ser acessado no canal oficial do Youtube do Sesc Paraná.
Sobre o autor:
Leonardo Mesquita é especialista em Gestão de Projetos Sociais e certificado em Lideranças de Inovações Sociais. É graduado em Engenharia de Computação e há 7 anos atua na ASID Brasil, liderando articulações de comunidades e processos de inovação social dentro da causa da pessoa com deficiência. Já esteve envolvido na coordenação de programas de voluntariado. Léo escreve sobre inovação social, ODS e como conectamos essas pautas com a causa da pessoa com deficiência.
Sobre a ASID Brasil:
A ASID Brasil é uma ONG que promove a inclusão socioeconômica da população com deficiência.Somos agentes empreendedores que alcançam a excelência realizando mudanças sociais movido a metodologias, estudos e inteligência plural.
Existimos para quebrar as barreiras socioeconômicas que excluem a pessoa com deficiência.
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