Protagonismo que quebra barreiras: análise do vídeo “Assume that I can so maybe I will.”

Mulher sorrindo com blusa branca e jaqueta num filtro amarelado.
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Mulher sorrindo com blusa branca e jaqueta num filtro amarelado.

Protagonismo que quebra barreiras: análise do vídeo “Assume that I can so maybe I will.”

Antes de começar a leitura desse artigo, te convidamos a assistir o vídeo “Assume that I can so maybe I will” da Organização CoorDown.

Um vídeo formidável que exemplifica o potencial das pessoas com Síndrome de Down e que ganhou muita relevância digital com a frase de impacto “Assume that I can so maybe I will” (“Suponha que eu possa, então talvez eu faça”).

A ideia principal comunicada pelo vídeo é que pessoas com Síndrome de Down, assim como todas as pessoas, têm potencialidades poderosas. E que o encorajamento e a confiança são fundamentais para serem protagonistas de suas próprias histórias.

Afinal, quando é assumido que pessoas com Síndrome de Down têm vontades próprias, suas possibilidades de desenvolvimento são muito maiores.

Campanhas que desconstroem estereótipos

Dia 21 de março é o Dia Mundial da Síndrome de Down. A biblioteca virtual em saúde do site do Ministério da Saúde traz informações relevantes sobre esse dia. O texto informa que a data foi criada para enfatizar a conscientização global sobre a Síndrome de Down e foi reconhecida oficialmente pelas Nações Unidas desde 2012.

Em termos mais práticos, a data serve para que a sociedade tenha uma postura ativa de reflexão sobre seus próprios vieses inconscientes.

Neste ponto, o capacitismo, a crença de que a pessoa com deficiência não têm plenas condições de viver independentemente, é uma barreira a ser quebrada.

Quando assistimos campanhas como “Assume that I can so maybe I will” fazemos reflexões acerca das nossas próprias crenças.

A campanha é protagonizada por uma jovem com Síndrome de Down que tem autonomia, estuda, curte festas, namora e pratica esporte.

O vídeo ainda faz uma chamada direta à sua rede de apoio. Pais, treinadores e professores que exercem papéis sociais fundamentais na hora de apoiar as decisões de cada pessoa. O vídeo exemplifica que esse apoio ao desenvolvimento tem poder decisivo nas experiências de vida e autonomia.

Qual a representatividade que queremos?

A Campanha criada pela Coordown serve como um forte exemplo de representatividade que almejamos nas mídias digitais, redes e comunicação em geral.

A Colunista ASID Edilayne Ribeiro, questiona “Como seria se pessoas com deficiência fossem verdadeiramente retratadas nos cinemas?”. Ela reflete sobre a importância dos filmes, séries, novelas e narrativas culturais em incluírem pessoas com deficiência, indo além da própria deficiência. Ela atenta para o reforço de estereótipos:

acabamos mantendo estereótipos de deficiências. Essas representações mais tradicionais, apesar de valiosas, podem reafirmar clichês de superação, de falta de autonomia, de infantilização da pessoa com deficiência…”

Uma pessoa com deficiência é muito mais do que a própria deficiência e incorpora diversos outros aspectos como vida social, profissional, amorosa, por exemplo.

E como apoiar o desenvolvimento da autonomia e protagonismo?

A escuta ativa e qualificada é fundamental para atender os diferentes públicos e perfis. O Colunista ASID Leonardo Mesquita descreve uma lista de inovações sociais capazes de agregar qualidade de vida para pessoas com Síndrome de Down. 

O texto Inovações sociais no contexto da Síndrome de Down apresenta, por exemplo, a Associação Amor pra Down, cujo propósito é apoiar beneficiários a conquistar autonomia e independência. Tal iniciativa já tem um legado de 24 anos de muita entrega para a inclusão.

A própria ASID Brasil conta com o ASAS, uma solução social que fomenta a autonomia de pessoas com deficiência com base em seus próprios talentos. 

Essa metodologia já foi implementada em diversas cidades desde 2021 e é executada atualmente pela parceria entre ASID Brasil e Fundação FEAC.

“O que será do meu filho quando eu não estiver mais aqui?” Essa é uma pergunta comum a muitos pais e mães. E foi diante dela que nasceu o projeto ASAS, um método que se propõe a criar, fortalecer e ampliar a rede de apoio para pessoas com deficiência com o objetivo de proporcionar um envelhecimento com maior autonomia e qualidade de vida.

Confira o depoimento da Maria sobre essa iniciativa

As primeiras implementações do ASAS contaram com a participação de muitas pessoas com Síndrome de Down e associações que atuam com este público. O propósito do ASAS é fortalecer também as redes de apoio às pessoas com deficiência e apoiá-las na construção de planos futuros.

Outros vídeos impactantes para desconstruir barreiras

O perfil CoorDown tem uma série de vídeos interessantes que mostram o cotidiano das pessoas com Síndrome de Down. Essa comunicação serve para romper o capacitismo.

Confira alguns temas dos vídeos vinculados com o tema “Assume that I can so maybe I will”:

  • Usar ônibus;
  • Assumir importantes tarefas;
  • Andar de patins;
  • Ir para a Universidade.

Talvez, essa seja uma das Campanhas digitais mais importantes estreladas por pessoas com Síndrome de Down até hoje. O vídeo já possui mais de 18.4 milhões de visualizações só no instagram! 

Gostamos de pensar na representação das pessoas com Síndrome de Down no ambiente virtual indo além da sua própria limitação, como uma propulsora da aceitação, acolhimento e inclusão!

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Inovação Social #05 – Coluna de Leonardo Mesquita

Inovação Social #05 - Coluna de Leonardo Mesquita

Inovações sociais no contexto da Síndrome de Down

O mês de março é um importante mês para a causa da Síndrome de Down. Dia 21 é o Dia Internacional da Síndrome de Down e, como toda data deste tipo, mais que uma simples comemoração ou lembrança, são datas para refletirmos sobre o histórico de lutas, garantia de direitos e, principalmente, sobre inclusão.

Com essa temática, pensei em trazer não uma reflexão técnica sobre o assunto, que será abordado em nossas outras colunas, mas sim algumas referências sobre inovações sociais recentes nessa causa.

No Brasil, um conjunto de inovações sociais vem revolucionando a vida das pessoas, proporcionando maior autonomia, inclusão e qualidade de vida. Um bom exemplo é o Ecossistema de Inclusão e Inovação Social do Instituto Mano Down, em Belo Horizonte. Este projeto inovador oferece um ambiente único que integra:

  • Espaço para desenvolvimento de atividades e projetos de inclusão pedagógica, acompanhamento pedagógico, reforço escolar, suporte para famílias, profissionais da educação e educandos no processo de inclusão escolar e oficinas multidisciplinares para crianças e jovens.
  • O primeiro Café inclusivo da capital mineira e que será um espaço para cultura e inclusão. E ainda vai proporcionar a inclusão no mercado de trabalho de profissionais com deficiência intelectual, que serão responsáveis pelos atendimentos.
  • Primeiro Hub de Empreendedorismo social para pessoas com deficiência intelectual e seus familiares. O Hub vai contar com espaços para oficinas e capacitação, outlet e bazar, sala de massoterapia e muito mais.

Outra organização que gera grande impacto nessa causa é a Associação Amor Pra Down, com atuação de 24 anos e que tem como missão a autonomia e independência de pessoas com Síndrome de Down. A Amor Pra Down gera impacto social no estado de Santa Catarina e será painelista no Painel Conexões, evento de trocas e apresentação de iniciativas da Comunidade Conexões, ASID Brasil. O evento acontece no dia 25 de março em formato online.

Outra importante e recente iniciativa é a criação da Rede Buriti-SD, selecionada em edital do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação para a realização de pesquisas voltadas à síndrome de Down. Esse projeto conta com financiamento de R$ 9 milhões oferecido pelo CNPq e uma parceria de investimento do Instituto Alana, que entrará com um valor inicial de R$ 5 milhões.

O projeto, que tem a expectativa de durar 3 anos, tem como objetivos:

  • Criação da Coorte Brasileira de Pessoas com síndrome de Down
  • Criação do Biobanco dedicado à síndrome de Down, reunindo amostras biológicas (de matrizes distintas) colhidas longitudinalmente dos participantes da coorte;
  • Lançamento do Observatório em Saúde para a síndrome de Down com dados clínicos e sociodemográficos representativos das diferentes regiões do Brasil; 
  • Formação da base de dados de larga escala, com variáveis clínicas, sociodemográficas e biológicas de relevância científica e clínica de abrangência nacional que, futuramente, será disponibilizada para a comunidade científica.

Integram a Rede BURITI – SD diversos pesquisadores de importantes universidades do Brasil e Estados Unidos. A rede conta também com a participação de pesquisadores e representantes de organizações da sociedade civil, como o Instituto Jô Clemente e a Federação Brasileira das Associações de Síndrome de Down (FBASD).

Outra iniciativa relevante é o Projeto ASAS, da ASID Brasil. Esse projeto é direcionado ao público com deficiência no geral, porém, suas primeiras implementações contou com a participação de muitas pessoas com Síndrome de Down e associações que atuam com esse público. Essa metodologia é inspirada no PLAN (Planned Lifetime Advocacy Network), do Canadá. Seu objetivo é fortalecer as redes de apoio e apoiar na construção de planos de vida para o futuro. Espera-se que a pessoa com deficiência e sua família tenham um plano de futuro familiar e planejamento financeiro e o efetive, como mecanismo de melhora da vida adulta e terceira idade, além de poderem ter uma rede de apoio mobilizada e alinhada ao seu plano de futuro, e conquistas concretas por meio do apoio dado pelo ASAS, como tecnologias assistivas, oportunidades de emprego, dentre outros.

A metodologia já foi implementada em diversas cidades desde 2021. Por exemplo, a implantação da metodologia na cidade de Campinas/SP vem beneficiando 12 organizações sociais da cidade e seus beneficiários, um projeto financiado pela Fundação FEAC, parceira de longa data da ASID Brasil.

Há inúmeras e importantes iniciativas nessa causa. Assim como qualquer projeto de impacto social, é fundamental colocar o público beneficiário como o centro das inovações sociais, onde suas aspirações, dores e rotinas são os elementos que pautam essas iniciativas. Neste dia Internacional da Síndrome de Down, reflita sobre essa causa, sobre inclusão e diversidade e como cada cidadão e cidadã pode contribuir para a plena participação desse público na sociedade.

Referências:

Quero muito saber como estão as articulações locais em sua cidade e como você percebe a questão da concorrência no terceiro setor. Vamos conversar pelo seguinte endereço: [email protected]

Sobre o autor:

Leonardo Mesquita é especialista em Gestão de Projetos Sociais e certificado em Lideranças de Inovações Sociais. É graduado em Engenharia de Computação e há 7 anos atua na ASID Brasil, liderando articulações de comunidades e processos de inovação social dentro da causa da pessoa com deficiência. Já esteve envolvido na coordenação de programas de voluntariado. Léo escreve sobre inovação social, ODS e como conectamos essas pautas com a causa da pessoa com deficiência.

 

Sobre a ASID Brasil:

A ASID Brasil é uma ONG que promove a inclusão socioeconômica da população com deficiência.Somos agentes empreendedores que alcançam a excelência realizando mudanças sociais movido a metodologias, estudos e inteligência plural.

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Diversidade e Literatura #05 – Coluna de Edilayne Ribeiro

Diversidade e Literatura #05 - Coluna de Edilayne Ribeiro

Como seria se pessoas com deficiência fossem verdadeiramente retratadas nos cinemas?

Eu sou uma pessoa com deficiência. Uma deficiência física, motora, e de cunho diagnóstico não identificado. Nasci e conheço apenas esta realidade há quase 3 décadas. Mas, para isso acontecer, eu tive que aprender e ensinar a mim mesma todos os dias, porque eu olhava para os lados e não via ninguém como eu… Prestava atenção na minha família e ninguém tinha nascido assim… Os meus amigos da escola não passavam pelas mesmas dificuldades que eu e, por isso, não precisavam todos os anos lutar as mesmas lutas que eu lutava… E eu ligava e desligava a televisão sem ver um ator ou atriz sequer que representasse o que eu vivia…

Como saber viver assim?

É a pergunta que eu continuo me fazendo, mesmo sendo adulta. Agora eu vejo mais pessoas com deficiência nas ruas; conheci colegas na faculdade; trabalhei com quem tinha um histórico semelhante ao meu; em cada esquina de qualquer cidade se fala em inclusão, e já até existem leis que nos protegem. Mas e a TV, heim? Até a TV já nem é mais o elemento principal de uma casa, haja vista que está sendo substituída pelos celulares, e mesmo assim a realidade dos filmes, das séries, dos livros…continua a mesma: quase não há pessoas com deficiência nesse contexto!

Quando há, são personagens bem característicos, e que têm a deficiência como centro da narrativa. Esse é um tipo de representatividade que não deixa de ser importante, claro! Considerando que vivíamos em uma época que não era respeitada a mera existência das pessoas com deficiência, saber que devagar fomos conseguindo espaço e, com isso, abrindo portas para que assuntos como inclusão, acessibilidade, tecnologias assistivas e outros fossem sendo discutidos é um avanço e tanto!

Mas, ao fazer isso, também acabamos mantendo estereótipos de deficiências. Essas representações mais tradicionais, apesar de valiosas, podem reafirmar clichês de superação, de falta de autonomia, de infantilização da pessoa com deficiência… Ademais, por geralmente serem representadas por pessoas sem deficiência, faz com que seja um retrato simplificado e muitas vezes inadequado do que é, de fato, a deficiência.

Como seria, então, um outro tipo de representatividade, aquela que não precisasse colocar a deficiência no centro da discussão, mas que pudesse simplesmente ter a pessoa com deficiência por ali, convivendo e protagonizando como qualquer outra?

Representações autênticas da deficiência: uma pessoa não é somente sua deficiência. Ela também é mãe/pai; funcionária/funcionário de uma empresa; namorada/namorado de alguém; tem dificuldades comuns como cantar desafinado embaixo do chuveiro, não saber cozinhar ou às vezes esquecer a etiqueta pra fora da blusa; e tenta novos hábitos para mudar de vida, como tomar banho gelado no frio (dizem que faz bem pra pele!). Além disso, pessoas com deficiência também têm personalidade difícil, um signo desagradável, dramas na vida amorosa, brigas bobas com amigos, esquecem de pagar a conta de luz ou odeiam o Excel! Se tudo isso pudesse ser o centro das narrativas cinematográficas e literárias, as representações de sua vida seriam mais autênticas e abririam um espaço mais respeitoso para, juntamente a tudo isso, também falar sobre inclusão em um capítulo ou outro.

Oportunização para pessoas com deficiência da vida real: abrindo espaços mais reais, a probabilidade de que as próprias pessoas com deficiência pudessem interpretar esses papéis seria maior! E isso deveria acontecer em todos os aspectos da diversidade: mulheres lésbicas interpretando mulheres lésbicas; indígenas interpretando indígenas; logo… pessoas com deficiência interpretando pessoas com deficiência! Assim não corremos o risco de atravessar a realidade de ninguém, e ainda daríamos oportunidade de conhecimento, trabalho e experiência para pessoas que pertencem aos grupos da diversidade.

Inclusão de pessoas com deficiência em mais papéis e funções: com tudo isso em pauta, também começaríamos a inserir pessoas com deficiência em outras funções. Imagina quão bonito seria se estivessem envolvidas também no processo criativo de um filme, como na escrita, produção, direção, consultoria…? Quão bonito seria se pudéssemos recomendar para alguém a música de uma cantora muito boa e que é pessoa com deficiência; ou se pudéssemos finalizar um livro emocionante e, ao encontrar a aba de “Sobre o autor”, descobríssemos que é uma pessoa com deficiência? Dessa forma estaríamos vivendo em um mundo em que não seríamos designadas apenas para cargos operacionais de uma empresa, ou utilizadas em campanhas publicitárias sensacionalistas, por exemplo. Estaríamos em tudo, sendo e fazendo tudo!

Quem sabe daqui mais 3 décadas eu volte aqui e sinta orgulho de mim mesma por ter escrito sobre um cenário que, de repente, começou a acontecer!

Quem sabe ao ver muito mais semelhanças por aí, eu tenha conseguido aprender e ensinar a mim mesma outras coisas, porque essas questões já estariam respondidas!

Edilayne Ribeiro 
ASID Brasil – 2023

Sobre a autora:

Edilayne Ribeiro é psicóloga, especialista em Neuropsicologia e mestra em Educação, membra da Comissão de Educação Inclusiva da Universidade Tuiuti do Paraná e palestrante nos temas pessoa com deficiência e sexualidade. Atualmente é Líder na ASID em Projetos de inclusão da pessoa com deficiência no mercado de trabalho.

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4 Comentários

  • Francisco Sogari

    Edyaine, parabéns pelo texto sobre diversidade e literatura. Tenho uma certa inquietação sobre como os programas de TV abrem espaço para as PCD/TEA. O Marcos Mion criou um quadro dentro do programa, mas são iniciativas que não ajudam a população com deficiencia e tea mais vulneráveis. Sou Jornalista, professor na área, fundador do Instituto Gabi. Participamos da ASID desde o começo. Vamos interagir e quem sabe tratar deste tema meu telefone é 11 99156 7835

    • Obrigada pelos comentários e elogios.
      Vamos continuar a interagir e se conectar.

  • irene Franciscato

    Boa tarde! Obrigada por enviarem artigos dos colunistas. Gostaria de continuar a receber. Sou psicóloga/pedagoga atuei na formação inicial de professores para Escola Inclusiva e fui colunista na Revista (eletrônca) Contemporâneos da UFABC, na coluna de Direitos Humanos.

    Obrigada à Edylaine por mais uma reflexão sobre o tema das pessoas com deficiência.
    Att Irene Franciscato

    • Em resposta a ASID Brasil.
      Obrigada pelos elogios.
      A equipe ASID fica feliz com o reconhecimento.
      Continue acompanhando a interagindo com nossos conteúdos.

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A ciência da inclusão #05 – Coluna de Felipe Gruetzmacher

A ciência da inclusão #05 - Coluna de Felipe Gruetzmacher

Qual é o futuro profissional das pessoas com deficiência?

Parar para pensar sobre a inclusão no mercado de trabalho é refletir sobre o futuro das profissões! Afinal, a inovação tecnológica faz surgir novas profissões. Assim, são criadas inúmeras oportunidades de conexão entre pessoas com deficiência e o trabalho.

Por isso, o texto de hoje quer apresentar uma breve reflexão sobre a evolução, surgimento e desaparecimento das profissões. O artigo científico “Análise sociológica das profissões: principais eixos de desenvolvimento” de Carlos Manuel Gonçalves vai servir como base. O artigo de Carlos foi publicado em Março de 2007 e traz insights sobre o cenário econômico na Europa.

Assim, comparar o dia de hoje com o passado pode fornecer pistas para entender o amanhã da inclusão socioeconômica!

Será que “viajar” para a Europa de 2007 através de leituras ajuda a trilhar novos caminhos acessíveis?

Siga lendo o texto e descubra a resposta!

O que o autor diz sobre as profissões?

Conforme cita o autor, o mercado de trabalho europeu era impactado pela:

  • terceirização da atividade econômica;
  • maior competitividade;
  • aumento das qualificações acadêmicas da população empregada;
  • maior exigência em se tratando de qualificação acadêmica em alguns setores do mercado;
  • risco da pessoa enfrenta um período de desemprego persistente ao longo do ciclo de vida profissional;
  • individualização das relações de trabalho;
  • diversificação das formas de emprego;
  • precariedade;

Além disso, o avanço da informatização desatualizava muitas competências dos profissionais. O próprio indivíduo era tido como responsável pela empregabilidade e realização profissional. Quais as reflexões sobre o presente e futuro que podemos tirar das palavras do autor Carlos Manuel Gonçalves? 

As ideias do passado transformam o amanhã

Se compararmos o quadro descrito pelo autor Carlos Manuel Gonçalves com o nosso presente, veremos que há algumas semelhanças.

As  organizações sociais e empresas que atuam com empreendedorismo social e inclusão socioeconômica precisam apoiar pessoas com deficiência na conquista de habilidades para o futuro do trabalho.

Dessa forma, o uso de tecnologias assistivas é imprescindível para conectar pessoas com deficiência e oportunidades profissionais. Afinal, a tecnologia cria novas profissões, da mesma forma que essa mesma tecnologia é usada para ingressar nas profissões. Não basta apenas cumprir cotas nessa nova realidade empresarial.

Logo, o uso da tecnologia e ativar uma inclusão sistêmica são importantes avanços de empresas pioneiras e verdadeiramente inovadoras.

Agradeço especialmente a Gabriela Bonet pelos feedbacks e aos autores Leonardo Mesquita e Edilayne Ribeiro pelos insights.

Felipe Emilio Gruetzmacher 
ASID Brasil – 2024

Referências:

GONÇALVES, Carlos Manuel. Análise sociológica das profissões: principais eixos de desenvolvimento. Sociologia, Revista da Faculdade de Letras da Universidade do Porto, Porto, v. 17, p. 177-223, Mar, 2007. Acesse aqui.  Acesso em: 24 de Fevereiro de 2024.

Sobre o autor:

Felipe Gruetzmacher é um escritor que acredita muito no potencial de combinar ciência, esforços empresariais e projetos sociais. Tem interesse em estudar como essas três partes podem colaborar entre si.
Se você é algum empresário, organização do terceiro setor ou cientista e quer cocriar conosco, deixe seu comentário!

 

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Conheça uma literatura de alto impacto – o Livro “Além das limitações”

Capa do livro "Além das limitações".
Capa do livro "Além das limitações".

Conheça uma literatura de alto impacto - o Livro “Além das limitações”

O livro “Além das Limitações – Uma Jornada pela deficiência e a sociedade do cuidado” é um projeto focado em propagar boas narrativas inclusivas.

Conforme as próprias autoras escrevem na introdução sobre o histórico da pessoa com deficiência:

“Queremos que essas histórias também sejam inspiradoras, que motiva você a repensar as atitudes de nossa sociedade atual para que, juntos, possamos construir um futuro em que todos tenham igualdade de oportunidades e sejam valorizados por suas habilidades e seus talentos.”

“(…) este livro tem como objetivo inspiração e conscientização sociais, promovendo uma visão ampla e compassiva em relação à deficiência. Por meio do reconhecimento e da diversidade humana e da promoção da sociedade do cuidado, podemos criar um mundo no qual cada pessoa, independentemente de habilidades e limitações, seja valorizada, respeitada e tenha suas necessidades atendidas.”

Esses fragmentos deixam bem evidente o compromisso dessa literatura em entregar um conteúdo de qualidade, aprofundado e ativador das transformações sociais.

Esta jornada literária estimula uma reflexão crítica a respeito da aceitação das diferenças.

As historiadoras e autoras Daniele Shorne de Souza e Pérola Sanfelice lançaram o livro numa live no canal da ASID Brasil no dia 8 de dezembro de 2023. 

O propósito da live era dialogar sobre escrita, cultura e inclusão, assim como trocar ideias relacionadas ao contexto da pessoa com deficiência.

Assista o lançamento da live do livro “Além das limitações”.

Quem escreveu o livro “Além das limitações”?

Paula Sanfelice é historiadora e tem doutorado. O tema da pesquisa dela é a História das pessoas que sofriam algum tipo de exclusão. O nascimento da filha Pétala, uma criança com uma condição rara, motivou Pérola a estudar sobre as pessoas com deficiência.  

Já Daniele Shorne é historiadora, autora e editora de material didático. Tem mestrado em história das mulheres. A condição de pessoa com síndrome de Ehlers Danlos que Daniele enfrenta nunca foi um limitador para o protagonismo dela nos estudos acadêmicos.

Dar acesso à informação é impactar vidas

A divulgação do livro “Além das limitações” é um exemplo do esforço da ASID Brasil em compartilhar ideias para ativar mudanças sociais.

A comunicação em diversos canais é uma maneira de endereçar uma mensagem consistente para o público certo e disseminar conhecimento.

A ASID Brasil, posicionada como aliada da pessoa com deficiência, realizará mais de 20 eventos institucionais para difundir o livro. 

Dar acesso a conteúdos informativos e aprofundados é um dos compromissos da cultura focada em inovação social da ASID Brasil. Além disso,  a ASID Brasil lançará uma Websérie focada em entrevistas com as autoras e as especialistas ASID em inclusão.

Apoiadores e parceiros:

Lei de Incentivo à Cultura – Lei Rouanet

Patrocínio itambe @rumologistica @institutopremierpet

Apoio @fundacao.iniciativa @asidbrasil

Realização @nmconhecimento Ministério da Cultura

Autoras @perolasanfelice @danishornesouza

Edilayne, Matheus, Pérola e Daniele na frente de uma cortina azul. Todos estão sorrindo. Pérola está participando via meeting.
Bate-papo entre Matheus, Edilayne, Daniele e Pérola sobre a obra.

Leia o livro “Além das limitações”!

Comunicar para ir além


Em paralelo às atuações sistêmicas junto ao mundo corporativo e a organizações da sociedade civil, dar acesso a conteúdos informativos e aprofundados é outro compromisso da cultura ASID Brasil. Por isso, no último ano atuamos quebrando barreiras comunicacionais com o lançamento da obra “Além das limitações – uma jornada pela jornada da pessoa com deficiência e a sociedade do cuidado” das historiadoras Pérola de Paula Sanfelice e Daniele Schorne de Souza.

O livro é uma narrativa histórica que pretende ser um ponto de partida para conceitos de inclusão e contribuir na formação de uma sociedade anticapacitista.

A disseminação desse conhecimento inclui a disseminação do conteúdo em universidades, comunidades e o lançamento de uma Websérie focada em entrevistas com as autoras e os especialistas ASID em inclusão. Além das limitações – uma jornada pela jornada da pessoa com deficiência e a sociedade do cuidado” bit.ly/alemdalimitacoes

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Qual foi o impacto da Feira do Emprego de Janeiro IGVB 2024?

Um grupo de pessoas constituído por 5 mulheres e 5 homens sorrindo. Dois homens estão em cadeiras de rodas. Os Asiders Matheus Garcia e Mariana Oliveira estão neste grupo.
Um grupo de pessoas constituído por 5 mulheres e 5 homens sorrindo. Dois homens estão em cadeiras de rodas. Os Asiders Matheus Garcia e Mariana Oliveira estão neste grupo.

Qual foi o impacto da Feira do Emprego de Janeiro IGVB 2024?

A Feira do Emprego de Janeiro IGVB 2024 executada pela parceira entre ASID Brasil e IGVB trouxe números bastante robustos. Foi um resultado bem significativo!

Apesar de números e dados quantitativos serem importantes, precisamos entender quais tipos de transformações qualitativas foram provocadas. Afinal, o que mudou na vida das empresas e candidatos com deficiência? 

A ASID Brasil, enquanto aliada da pessoa com deficiência, defende a harmonia de abordagens quantitativas e qualitativas. 

A partir dessa harmonização, podemos entender melhor o jeito ASID Brasil em mudar vidas.

Qual é a base da inclusão socioeconômica?

A escuta atenta e ativa proporciona uma verdadeira compreensão das dores do nosso público. Assim, validamos as informações coletadas e criamos soluções para gerar crescimento mútuo. Aprendemos empreendendo e inovando. 

Interpretamos as vivências dos nossos beneficiários para identificar possibilidades de agregar valor!

Desse modo, propagamos inovações sociais e geramos conexões com parceiros e empresas dispostas a fazer a diferença. 

O coletivo abraça a diversidade! A análise criteriosa e profissional desses contextos fornece os insights necessários. Com isso, nossas equipes executam projetos capazes de ativar resultados sociais profundos. Números são apenas resultados desse modo ASID de examinar e resolver problemas. 

Um homem sendo entrevistado por uma recrutadora. Outras pessoas estão sendo entrevistadas atrás. 
Feira de empregos

Como esse jeito ASID Brasil se aplica na Feira do Emprego de Janeiro IGVB 2024?

  • Tivemos 115 pessoas presentes na feira;
  • 11 empresas de Brasília compareceram na feira:
  • Ibranutro,
  •  SENAC Gastronomia,
  •  Oba Hortifruti,
  •  Hospital Daher,
  •  Hospital Santa Marta,
  •  Casa Di Occhiali,
  •  Raia Drogasil,
  •  Maqcampo,
  •  Hospital Santa Lúcia,
  •  Atacadão Dia-a-Dia,
  •  Kaizen – A casa da Autopeça.

Em relação às inscrições, tivemos 208 pessoas com deficiência e 14 empresas que se inscreveram para a feira.

Um convite para apostar na diferença e na diversidade!

A Feira do Emprego de Janeiro IGVB 2024 ajudou a conectar talentos e empresas.

Essas iniciativas inclusivas engajam diversas organizações para cooperar com a causa da pessoa com deficiência.

Essa estratégia de reunir forças torna visíveis as barreiras socioeconômicas e direciona a execução de projetos sociais.

Há diversos tipos de rede de apoio! Organizações, o terceiro setor e empreendimentos consolidam um suporte indispensável para ativar a inclusão socioeconômica. 

Além disso, as empresas parceiras obtiveram ganhos como:

 

  • acréscimo em credibilidade;

  • acesso a talentos diversos, o que amplia a potencialidade dos times empresariais;

  • reforço da cultura corporativa focada em inclusão;

  • melhora no clima organizacional e na moral das equipes.

Tem interesse em apoiar a causa da inclusão?

A ASID Brasil tem diversos projetos e soluções sociais para construir um mundo mais acessível.

Se sua empresa tem interesse em apoiar nossas ações, entre em contato agora mesmo.

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A ciência da inclusão #04 – Coluna de Felipe Gruetzmacher

A ciência da inclusão #04 - Coluna de Felipe Gruetzmacher

O que ativa a inclusão socioeconômica das pessoas com deficiência?

O acesso ao mercado de trabalho é um direito!

O livro “Além das limitações: uma jornada pela história da deficiência e da sociedade do cuidado” fornece muito conteúdo sobre pessoas com deficiência que marcaram a história e estimula reflexões sobre o passado, o presente e futuro da inclusão.

As autoras Pérola de Paula Sanfelice e Daniele Shorne de Souza explicam muitos conceitos de forma didática e numa linguagem simples. Além disso, a obra tece comentários sobre principais leis e políticas voltadas para o avanço da pessoa com deficiência. Assim, por exemplo, o livro traz informações específicas sobre o direito de acesso ao mercado de trabalho.

Sintetizei as conquistas históricas sobre o direito de acesso ao mercado de trabalho em 4 pontos principais:

    • Reserva de cargos e empregos em todos os concursos públicos;
    • Reserva de 2% a 5% de cargos nas empresas com 100 ou mais empregados;
    • Não sofrer discriminação em relação a salário ou critério de admissão;
    • Direito à habilitação e reabilitação profissional com o objetivo de se capacitar para obter trabalho, conservá-lo e também progredir profissionalmente.

Esse trecho do livro serve para expandir o conhecimento e a consciência das pessoas com deficiência sobre o direito à inclusão no mercado de trabalho.

Pontos de conexão entre as conquistas e as jornadas profissionais das pessoas com deficiência

A partir dessa seção, você vai entender como os avanços citados anteriormente se conectam com casos de inclusão bem-sucedida. Até porque histórias assim merecem ser propagadas!

O exemplo abaixo serve para apresentar uma dessas narrativas:

    • Mari trabalhava como bancária numa instituição privada e fez curso de administração. Sempre amou tecnologia. Ingressou no Projeto Jornada Tech para transformar a paixão por tecnologia numa profissão.

A Jornada Tech e a história de Mari são exemplos de como as conquistas relacionadas à inclusão no mercado de trabalho podem ser efetivadas. Até porque a acessibilidade precisa ser acompanhada de qualidade. Não basta incluir só para cumprir cotas.

Sendo assim, a conexão entre diversidade e mercado de trabalho depende de quais fatores?

A inclusão socioeconômica das pessoas com deficiência depende de critério técnico, estratégia e avanços na legislação. Dessa forma, é possível incluir com qualidade, assim como alinhar talentos diversos com as demandas corporativas. Atrair, desenvolver e manter pessoas em organizações empresariais é uma forma da empresa reafirmar o compromisso dela com a inovação e a gestão de talentos. Esses fatores se traduzem em oportunidade de desenvolvimento profissional e empresarial, gerando ganhos para empresa e colaboradores.

Além disso, qual seria a conexão entre acesso ao mercado de trabalho e ODS?

No ano de 2016, foram propostos ODS (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável) pela ONU com o propósito de resolver problemas mundiais. Esses ODSs agregam maior clareza em projetos sociais, pois os resultados conseguem ser mais mensuráveis e perceptíveis.

Os ODS direcionam ações para ampliar o resultado e a transformação social.

Em função disso, os ODS que se destacam na promoção do acesso ao mercado são:

    • ODS 4 –  Garantir o acesso à educação inclusiva, de qualidade e equitativa, e promover oportunidades de aprendizagem ao longo da vida para todos
    • ODS 8 – Promover o crescimento econômico inclusivo e sustentável, o emprego pleno e produtivo e o trabalho digno para todos
    • ODS 10 – Reduzir as desigualdades no interior dos países e entre países.

Podemos sonhar com um mundo melhor e mais inclusivo? Sim! Basta que a inclusão e o acesso ao mercado de trabalho aconteçam com oportunidades de desenvolvimento técnico e aplicação de boas práticas de inclusão.

Oportunidades para a pessoa com deficiência impacta todo o ecossistema de negócios e ativa uma robusta transformação social.

Para reafirmar a importância de talentos diversificados no ambiente corporativo, menciono sobre um pouco mais sobre o Jornada Tech:

    • O Jornada Tech foi uma iniciativa do BTG Pactual executada pela ASID Brasil e a escola de tecnologia Alura. O propósito era promover a inclusão no nicho de programação. Até porque o desenvolvimento de tecnologias acessíveis demanda a inclusão de pessoas com deficiência no universo tech.

      Quer saber mais sobre o Jornada Tech? Acesse o post final do Jornada. 

Espero que essa história relatada reforce sua esperança em um amanhã melhor! 

Felipe Emilio Gruetzmacher 
ASID Brasil – 2023

Referências:

SANFELICE, P. P; SOUZA, D. S. Além das limitações: uma jornada pela história da deficiência e a sociedade do cuidado. 1 ed. Curitiba: Farol dos Reis, 2023. Acesse aqui

Sobre o autor:

Felipe Gruetzmacher é um escritor que acredita muito no potencial de combinar ciência, esforços empresariais e projetos sociais. Tem interesse em estudar como essas três partes podem colaborar entre si.
Se você é algum empresário, organização do terceiro setor ou cientista e quer cocriar conosco, deixe seu comentário!

 

Sobre a ASID Brasil:

A ASID Brasil é uma ONG que promove a inclusão socioeconômica da população com deficiência. Somos agentes empreendedores que alcançam a excelência realizando mudanças sociais movido a metodologias, estudos e inteligência plural.

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Inovação Social #04 – Coluna de Leonardo Mesquita

Inovação Social #04 - Coluna de Leonardo Mesquita

O trabalho em rede e a concorrência no terceiro setor

Na coluna deste mês, seguimos compartilhando relatos e provocações reais de nossa comunidade de organizações parceiras.

Em um encontro presencial com organizações sociais de Curitiba, discutimos quais os principais requisitos para fortalecer o movimento de inclusão na cidade, na perspectiva da articulação de agentes locais. Essa foi uma conversa muito rica, onde as lideranças participantes compartilharam oportunidades, expectativas e desafios.

Uma das questões compartilhadas foi a percepção de concorrência entre as organizações, no sentido de que nem todas estão abertas para compartilhar seus conhecimentos, estratégias, com um receio de perder parceiros ou recursos. Foi compartilhado também a percepção de que organizações de menor porte não conseguem a mesma visibilidade daquelas de maior porte, dificultando assim a visibilidade de suas marcas na busca por novas oportunidades de captação de recursos.

Esses questionamentos me chamaram a atenção e fiquei pensando sobre os relatos compartilhados. Não pretendo responder essas questões, mas sim refletir a respeito.

De fato, também percebo em alguns momentos algo próximo ao que foi chamado de “concorrência no terceiro setor”. A primeira suposição que faço é a rotina intensa das organizações, de qualquer porte, em buscar sua sustentabilidade financeira. Aqui, as equipes das organizações buscam estratégias, investem grande esforço para que possam captar os recursos necessários para manter seus projetos. Talvez exista algum sentimento de “justiça”, no sentido de que uma organização se esforçou para viabilizar aqueles recursos e seria “injusto” simplesmente passar a receita pronta para outra organização. Mas aqui, indo para um campo material, não podemos deixar de avaliar como se dão as principais fontes de captação para projetos sociais.

Dados do BISC (Benchmarking do Investimento Social Corporativo), trazem que o investimento social corporativo (ISC) movimentou 4 bilhões de reais em 2022. Apenas 4% desse valor foi destinado a projetos para o público com deficiência. Já na perspectiva de editais e fundos públicos, como por exemplo o Pronas, foram solicitados 95 milhões de reais em projetos, no ano de 2021, e foram aprovados e liberados 71 milhões. Em 2023, como comparativo, a plataforma de monitoramento do Pronas sinaliza apenas 6 projetos solicitados, totalizando um orçamento de aproximadamente 7 milhões de reais. Por fim, não podemos desconsiderar os recursos livres que são viabilizados por campanhas de doações, financiamentos coletivos, venda de produtos, entre outras modalidades.

O investimento social em projetos voltados ao público com deficiência me parece ser pequeno relativo aos demais eixos de diversidade. Mas mesmo sendo um “bolo pequeno”, como as organizações estão compartilhando essas fatias?

Aqui chego em uma segunda reflexão, também sem respostas certas ainda. Tenho a percepção que ainda não usamos todo o potencial de articulação de redes locais para resolver os problemas sociais complexos de nossas comunidades.

    • Estamos olhando para indicadores socioeconômicos gerais de nossas comunidades (bairro ou cidade)? Estamos olhando para o contexto das famílias que chegam até nossas instituições?
    • Estamos conscientes sobre nossos potenciais enquanto organização e nossas metodologias e, principalmente, estamos conscientes das nossas limitações de atuação perante as diversas demandas sociais que chegam até nós?

Entendo que, ao olharmos para nossas fortalezas e fraquezas, abrimos um espaço para o estabelecimento de parcerias e articulações locais. Compreendemos que aquilo que desenvolvemos com maestria pode preencher lacunas em outros contextos, e que as minhas lacunas podem ser preenchidas por metodologias externas. Sempre na perspectiva de solucionar as demandas sociais que percebemos em nossas comunidades.

E voltando à provocação inicial relacionada com a captação de recursos: estamos olhando para nossas metodologias como um potencial de captação de recursos e geração de impacto social positivo?

Enquanto organizações sociais, com metodologias complementares, como estamos nos articulando localmente, estabelecendo parcerias para escrita conjunta de editais, contratação de organizações em projetos, criação de campanhas conjuntas para captação de recursos?

O tema de articulação em redes é muito interessante e também muito complexo. Em parceria com Instituto Mara Gabrilli, disponibilizamos gratuitamente o material digital “Rede: Conceitos, serviços e dinâmicas”, uma introdução a esse tema. O material está disponível aqui no site da ASID, na nossa seção de conteúdos.

Em colunas futuras, vou buscar abordar outras ferramentas de articulação, como o modelo de “Impacto Coletivo”. Por fim, o olhar para as nossas fortalezas tem grande influência em como comunicamos nosso impacto e damos maior visibilidade às nossas marcas, outro tema que terei grande interesse em compartilhar em nossas colunas.

Quero muito saber como estão as articulações locais em sua cidade e como você percebe a questão da concorrência no terceiro setor. Vamos conversar pelo seguinte endereço: [email protected]

Sobre o autor:

Leonardo Mesquita é especialista em Gestão de Projetos Sociais e certificado em Lideranças de Inovações Sociais. É graduado em Engenharia de Computação e há 7 anos atua na ASID Brasil, liderando articulações de comunidades e processos de inovação social dentro da causa da pessoa com deficiência. Já esteve envolvido na coordenação de programas de voluntariado. Léo escreve sobre inovação social, ODS e como conectamos essas pautas com a causa da pessoa com deficiência.

 

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Diversidade e Literatura #04 – Coluna de Edilayne Ribeiro

Diversidade e Literatura #04 - Coluna de Edilayne Ribeiro

E se nós tivéssemos apenas 4 sentidos?

Você se lembra do texto anterior, no qual abordamos a deficiência sob a perspectiva da “defectologia” – termo desenvolvido por Vygotsky, que buscava dar ênfase aos aspectos totais, positivos e interacionistas da criança, em vez de segregá-la pelas características de sua deficiência?

Pois bem… Vygotsky foi inovador nesse tema quando, além de estudar tudo isso, abriu um questionamento importante: e se o ser humano fosse dotado não de 5 sentidos, mas de 4, como seria formado seu conhecimento e como aconteceria seu desenvolvimento?

Antes de contar qual foi a conclusão de Vygotsky, vale contextualizar: o ser humano possui 5 sentidos, certo? Errado! A neurociência apontou, muito recentemente, que temos 7! Além dos conhecidos, que são o olfato, a visão, a audição, o tato e o paladar, também temos a interocepção (que é a percepção do nosso cérebro sobre a informação que acontece em nosso organismo, como por exemplo a fome, a respiração, o funcionamento do nosso estômago, etc) e a propriocepção (que é a percepção do nosso cérebro sobre o nosso corpo no mundo, ou seja, nossa postura, gestos, coordenação e equilíbrio durante um movimento, e outros).

Nessa linha de raciocínio, a neurociência também afirmou que os novos sentidos descobertos são ainda mais importantes que aqueles sentidos clássicos, porque são eles que vão nos ajudar a saber se nossa saúde está boa, se estamos mantendo nossas necessidades em dia e se estamos reagindo bem às interações do nosso corpo no espaço.

Agora, relacionando as novas informações ao tema principal, sabe o que Vygotsky nos dizia desde aquela época? Que a criança não sente diretamente a deficiência, mas que percebe as dificuldades que derivam dela, e por isso é importante que as crianças estejam muito bem inseridas socialmente, com a garantia de uma educação inclusiva e boas perspectivas de futuro, porque o que decide o destino de suas personalidades não é a deficiência em si mesma, mas suas consequências sociais.

Parece que, dessa forma, mesmo um século depois, estamos conseguindo fazer valer as ideias de um autor que tanto lutou por um desenvolvimento infantil respeitoso, de crianças com ou sem deficiência, né?!

Vygotsky, especialmente em seu livro “Problemas da Defectologia” (2021), entendia que as características próprias da deficiência criam uma tendência elevada para o desenvolvimento. Como assim? Explico: as dificuldades físicas, sensoriais e intelectuais formam um processo de criação e recriação da personalidade, reestruturando todas as funções de adaptação, de formação de novos processos de desenvolvimento e de trilha para novos caminhos. E que isso é fortalecido pela interação social, claro, conforme já vimos; mas também acontece por meio da própria capacidade de adaptação da pessoa com deficiência.

O autor dizia que, em resumo, o desenvolvimento da criança é direcionado para o alcance de um nível social necessário, e que isso acontece por meio de três momentos: a inadaptação da criança ao meio sociocultural cria obstáculos em seu crescimento → esses obstáculos servem de estímulo para o desenvolvimento compensatório, gerando também uma perspectiva de futuro → a presença desses obstáculos eleva as funções do nosso corpo e do nosso cérebro ao aperfeiçoamento, superando-os e, com isso, adaptando-se ao mundo.

Com base no autor, diante de todo esse processo, a personalidade da criança com deficiência se equilibra e busca compensações, considerando o seu próprio processo de desenvolvimento e adaptação. A educação tem um papel fundamental para isso acontecer, e Vygotsky advoga fortemente por isso! Ele diz, na página 33 de seu livro, que “o importante não é que o cego veja as letras, mas que saiba ler”, em outros termos, que tenha um ensino personalizado e adaptado e que tenha espaço para seu próprio processo de adaptação à vida, apesar das características existentes por conta de sua deficiência.

Assim sendo, eu volto a perguntar… E se nós tivéssemos apenas 4 sentidos?
Para Vygotsky (e, agora, para a neurociência), nada de substancial mudaria em nosso conhecimento e desenvolvimento, porque o pensamento continuaria sendo o mesmo, já que a forma como experienciamos a nossa realidade é o que realmente importa – com 4, 5, 7 ou 1.000 sentidos, nós nos adaptamos! Mas e no sentido social… Será que é bom que nada de substancial mude?

Ainda não alcançamos uma verdadeira equiparação na realidade das pessoas com deficiência dentro de um mundo feito para pessoas sem deficiência. Nossos esforços, então, deveriam estar direcionados para criar uma sociedade na qual a presença de uma deficiência não represente uma barreira, e, nesse contexto, nada de substancial mudaria em termos de valor, dignidade e potencial humano, mas em termos de estrutura da sociedade tudo, sim, precisaria mudar.

Edilayne Ribeiro 
ASID Brasil – 2023

VIGOTSKI, Lev Semionovitch. Problemas da defectologia. São Paulo: Expressão Popular, 2021.

Sobre a autora:

Edilayne Ribeiro é psicóloga, especialista em Neuropsicologia e mestra em Educação, membra da Comissão de Educação Inclusiva da Universidade Tuiuti do Paraná e palestrante nos temas pessoa com deficiência e sexualidade. Atualmente é Líder na ASID em Projetos de inclusão da pessoa com deficiência no mercado de trabalho.

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Diversidade e Literatura #03 – Coluna de Edilayne Ribeiro

Diversidade e Literatura #03 - Coluna de Edilayne Ribeiro

Você sabia que o estudo da deficiência era chamado de “defectologia”?

O nome “defectologia” assusta um pouco, né? Mas, calma! Existe uma explicação e todo um contexto por trás – se quiser saber mais sobre terminologias antigas, sua inadequação e também sua importância na história, leia este artigo Você já imaginou como era o mundo sem inclusão e será sobre isso que vamos abordar no texto de hoje.

Ah, e haverá uma continuação deste tema na coluna do próximo mês, então continue acompanhando!

A defectologia foi uma teoria estudada por um autor chamado Lev Vygotsky, por volta do século XX, e nada mais é do que uma palavra equivalente à “deficiência”, que usamos hoje! Na época, contudo, a defectologia derivava de “defeito”, que era a forma que autores como Vygotsky se referiam à deficiência. Apesar de, atualmente, rejeitarmos o uso dessa palavra nos contextos da inclusão, isso não invalida a grandiosidade da teoria, que foi uma das primeiras a focar no potencial da pessoa com deficiência, em vez de em suas limitações. Vygotsky dizia “devemos estudar não o defeito, mas a criança com um determinado defeito”, isto é, a criança em sua totalidade, com seus aspectos físicos e emocionais, seus comportamentos, interação em sociedade, o próprio curso do desenvolvimento infantil, sua capacidade de compensação e adaptação, vontades, objetivos e habilidades, para além de sua deficiência. Isso nos faz lembrar muito do motivo pelo qual lutamos tanto para dizer “PESSOA COM deficiência”, não é verdade?

No próximo texto eu levantarei mais detalhes sobre a capacidade de compensação de adaptação das pessoas com deficiência, mas por ora quero destacar outro elemento que citei no parágrafo acima: a interação em sociedade.

Vygotsky era professor e pesquisador nas áreas de Psicologia, Filosofia e Literatura, além de ter passado por universidades de Medicina, Direito e História, e em todas essas áreas seu grande tema de estudo foi a interação social, tanto é que fundou a teoria sociointeracionista, cujo princípio era a interação social como contribuinte para o desenvolvimento cognitivo. Explico melhor: estar dentro de um ambiente coletivo, com convivência, mediação de outros atores (ex.: professores, livros, natureza, tecnologia…) e a cultura é o que ajuda a nos desenvolvermos!

E o que isso tem a ver com inclusão? Bom, tem tudo a ver!

Vygotsky dedicou grande parte de sua curta vida (ele morreu cedo demais: aos 37 anos!) para aplicar todos esses temas aos estudos da “defectologia”, defendendo que mais do que as características de uma deficiência, é o meio social que pode causar grandes prejuízos para a vida da criança com deficiência. Por exemplo: a medida que a criança com deficiência vai percebendo conceitos de “normalidade” e “anormalidade”, ou é afastada do convívio coletivo, ou é tratada como um “mini-adulto”, ou frequenta uma escola que a segrega de crianças sem deficiência, é aí que se intensificam os impactos da deficiência em sociedade, sendo muitas vezes o motivo para que se agravem sentimentos de inferioridade, rejeição, distanciamento de si e do outro, problemas psicológicos e muito mais.

Com isso, percebemos, de uma vez por todas, que o problema não está e nunca esteve na deficiência. O problema, ao qual devemos estar ativamente na luta por combater, é nos desdobramentos que uma característica física, sensorial ou intelectual podem ter em sociedade; o incômodo e o medo que isso gera; a dúvida; a falta de oportunidade; a falta de métodos de ensino especializados; o desrespeito pelos processos naturais de um ser humano; a não consideração de sua existência completa… a fragmentação, a segregação, o preconceito!

O autor propõe, portanto, que a colaboração coletiva (ou seja, a interação) seja uma forma de superar essas barreiras.

Em seu livro “Problemas da Defectologia” (traduzido para o português pela primeira vez em 2021), Vygotsky rompe com as definições médicas, pedagógicas e psicológicas da época, que se preocupavam apenas com a identificação de sinais, de “defeitos”, que constatassem uma deficiência, em vez de com os aspectos positivos da personalidade e das habilidades de alguém. Para o autor, as crianças com deficiência não têm nenhum atraso em seu desenvolvimento; elas apenas atingem o desenvolvimento de outro modo – e é essa a percepção que deve acompanhá-las pelo resto de suas vidas!

Edilayne Ribeiro 
ASID Brasil – 2023

 

RIBEIRO, Edilayne Marjori. A (in)visibilidade do inglês nos anos iniciais do ensino fundamental (6 A 10 anos): um estudo de produções científicas. 2023. 124 f. Dissertação (Mestrado em Educação) – Universidade Tuiuti do Paraná, Curitiba, 2023. Disponível em: https://tede.utp.br/jspui/bitstream/tede/1944/2/A%20%28IN%29VISIBILIDADE%20DO%20INGLES.pdf.

Sobre a autora:

Edilayne Ribeiro é psicóloga, especialista em Neuropsicologia e mestra em Educação, membra da Comissão de Educação Inclusiva da Universidade Tuiuti do Paraná e palestrante nos temas pessoa com deficiência e sexualidade. Atualmente é Líder na ASID em Projetos de inclusão da pessoa com deficiência no mercado de trabalho.

Sobre a ASID Brasil:

A ASID Brasil é uma ONG que promove a inclusão socioeconômica da população com deficiência. Através dos pitches e pesquisas, a ASID Brasil entende melhor o cenário para oferecer sempre uma solução bem segmentada e focada nas dores dos beneficiários. Nossa literatura é uma forma de inovação social e bom uso de informações e dados para impactar o ecossistema de inclusão. Somos agentes empreendedores que alcançam a excelência realizando mudanças sociais movido a metodologias, estudos e inteligência plural.

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